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Serviços em domicílio
tomam conta da região
Tauana Marin
Vinicius Gorczeski
24/04/2011 | 07:09
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Não é só das corriqueiras entregas de pizza que vive o delivery. O serviço em domicílio evoluiu nos últimos anos. O que pode parecer básico ou trivial, já é a principal fonte de renda do comerciante autônomo Jaime Ferreira da Silva, que faz churrascos completos nas casas dos clientes há dez anos.

Em meses de maior movimento, como em dezembro, ele consegue lucrar cerca de R$ 5.000. Nos demais meses, o ganho médio fica na casa de R$ 2.000. "O bufê é completo, com tudo feito na hora. Dependendo do tipo de serviço contratado, o cliente desembolsa, em média, R$ 200."

O público é amplo. Silva conta que percorre até 200 quilômetros para levar um bom churrasco ao cliente, embora destaque que é no Grande ABC que tem os clientes fiéis. Feriados, como o desta semana, são um entrave para o churrasqueiro, que deixa de faturar cerca de R$ 400.

Quem deseja fazer um tratamento estético ou massagens terapêuticas também já não precisa sair de casa. Há três anos, o massoterapeuta Rafael França atende em domicílio. "Hoje, tenho cerca de 80 clientes, sendo que 70% estão no Grande ABC", frisa.

França conta que quem recorre a comodidade de não sair de casa para ter o atendimento precisa estar disposto a arcar com os gastos. "Se cobro R$ 70 por uma hora e 30 minutos de tratamento e me desloco para a Capital, por exemplo, cobro mais R$ 70. Afinal, utilizo meu carro, meu combustível, preciso levar maca móvel e todos os produtos e utensílios, sem falar no tempo gasto", explica.

Outro serviço delivery disponível no mercado são os conhecidos ‘maridos de aluguel'. Marcelo Santos já atua no ramo há 15 anos. O autônomo faz diversos reparos. "Conserto rede elétrica, encanamento, faço pinturas e ainda sou marceneiro", enumera.

Santos cobra R$ 60 a hora. "Minha renda mensal gira em torno de R$ 1.500, quando trabalho a cada três dias. Não é muito, mas a vantagem de realizar um trabalho delivery é a liberdade com o tempo. Consigo montar minha agenda de acordo com meus compromissos pessoais ", afirma.

O serviço das entregas também se estende ao mundo animal. O proprietário da Cantinho Animal, Fabio Roberto de Melo, de São Bernardo, diz que o cliente pode até marcar consultas delivery no seu estabelecimento. Os mais procurados são para banho e tosa.

 "Tenho dois motoristas, já que durante a semana, 70% dos clientes que nos procuram eu tenho que buscar em casa", diz. No sábado, esse número corresponde a 40% dos atendimentos. Para se ter ideia da representatividade das entregas, Melo afirma que elas representam metade do faturamento mensal.

Devido ao sucesso do serviço, o empresário desembolsou R$ 30 mil num carro usado, para trabalhar junto a outro veículo que dispôs para as entregas. "Meu objetivo é comprar mais dois modelos até o fim do ano", declara.

Locadora de filmes decide apostar no segmento

A proprietária de uma locadora de filmes em Santo André, Aline Simões Rolim Ferrarezi, está há pouco mais de um ano com o estabelecimento e viu seus ganhos multiplicados após investir em diversas frentes. O próximo passo é lançar o serviço de delivery completo.

Atualmente, o cliente consegue requisitar qualquer filme da estante da locadora apenas consultando o site que a empresária lançou. E ela mesma faz a entrega, de carro. "Ainda não está valendo a pena contratar um motoboy para ficar o dia inteiro entregando. Mas assim que os pedidos pela internet alavancarem, pretendo fazer isso", garantiu a empresária, ao ressaltar que hoje a participação de locações por delivery ainda engatinha: representa cerca de 5% do volume total.




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