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Serra nega pressão para ser agressivo
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05/06/2010 | 08:26
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O pré-candidato à presidência da República pelo PSDB José Serra disse ontem, em entrevista à RIC (Rede Independência de Comunicação), afiliada da Rede Record no Paraná, que não adotará estilo agressivo durante a campanha eleitoral e negou que tivesse havido qualquer cobrança ou reunião do partido para pedir-lhe isso.

"Eu tenho o meu estilo, sou do jeito que eu sou", destacou. "Campanha eleitoral, para mim, é oportunidade para apresentar ideias, para apresentar propostas para o Brasil." No entanto, ressaltou que pretende estabelecer debates e apresentar diferenças entre as candidaturas, a partir das biografias e das propostas.

As críticas mais pesadas ao governo federal vieram quando o ex-governador paulista comentou a carga tributária. "Realmente é um exagero, prejudica a atividade, o emprego, a produção", acentuou. Segundo ele, o governo federal aumentou o imposto de saneamento básico de 3% para 7%, o que leva as empresas, na maioria estaduais e municipais, a gastar R$ 2 bilhões. "Tem que pagar para o saneamento ao invés de investir", criticou.

Diferentemente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o pré-candidato disse que não tem "orgulho" da carga tributária. "De todos os países em desenvolvimento, os chamados países emergentes, o Brasil é onde a população mais paga impostos", afirmou. "Por outro lado, os serviços que vêm em contrapartida do governo não correspondem a essa carga tributária."

Segundo ele, apesar de ter arrecadado mais de R$ 500 bilhões este ano, o governo cortou recursos da Saúde e da Educação. "Isso mostra que o dinheiro não está sendo bem gasto", disse.

Serra afirmou, ainda, que o governo federal "não mergulha" como deveria no problema do tráfico de drogas e contrabando de armas, cujo controle é de sua responsabilidade. "Acho que o governo federal deveria compartilhar com os Estados as responsabilidades na segurança", opinou.




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