O texto final do Orçamento de 2010 prevê corte de quase R$ 2,5 bilhões nos investimentos. O maior foi de R$ 1,8 bilhão nos investimentos para as cidades que sediarão os jogos da Copa do Mundo de 2014. Também perderam a área de Cultura (R$ 400 milhões) e de Irrigação (R$ 160 milhões).

Pela interpretação do relator-geral do Orçamento, deputado Geraldo Magela (PT-DF), emendas que tratavam dos investimentos da Copa seriam retiradas e os recursos repassados para bancadas dos Estados. Mas a oposição, liderada pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM), entendeu que o acordo contemplava todas as emendas de investimentos do relator.

Magela então preferiu recuar e rever todos os números do Orçamento para contemplar a oposição. Segundo ele, ao contrário das emendas de relator, as de bancada podem ser canceladas pelo Governo Federal. Portanto, a oposição - especialmente o DEM - deve ser responsabilizada pelos prejuízos causados aos Estados, como atrasos nas obras da Copa do Mundo.

Apesar do corte nas verbas ligadas a Copa, os gastos do governo com pessoal continuam em expansão. A despesa que era de R$ 183,75 bilhões, passou para R$ 184,15 bilhões, aumento de quase 9% na comparação com 2009.