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Em São Caetano, professores de projeto teatral cobram salários
Por Vanessa de Oliveira
12/02/2017 | 07:00
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Divulgação


 Grupo de 16 professores de teatro que participou, no ano passado, do projeto Viva Arte, da Secretaria de Cultura de São Caetano, cobra o pagamento de salários referentes aos meses de setembro, outubro e novembro, e também definição sobre a continuidade das aulas gratuitas para adultos e crianças no espaço Estação Jovem, encerradas no fim do ano.

Anderson Galvão, 28 anos, atuou como artista orientador do projeto desde 2012, época em que a iniciativa era amparada pela Apap (Associação de Pais, Alunos e Professores da Fundação das Artes) de São Caetano. “Em 2013, o domínio do projeto foi passado para a Secretaria de Cultura. Desde então, começou saga de atrasos salariais, porém, recebíamos os valores empenhados”, fala.

Para a artista orientadora Nathaly Léo, 27, o montante devido pela administração chega aos R$ 5.400. “O empenho, que era o valor que eles (governo Paulo Pinheiro – PMDB) já tinham reservado para nos pagar, foi anulado dia 28 de dezembro”, lembra. O valor pago por hora/aula era de R$ 20.

Após a troca de governo municipal, os profissionais destacam tentativa, ainda sem sucesso, de buscar solução junto à atual gestão, sob o comando de José Auricchio Júnior (PSDB). “Cada hora é uma desculpa. Quando falamos com o secretário, ele informou que, como o empenho foi anulado, ele recebeu aviso de que todos os prestadores deveriam comparecer com nota, documento e contrato na rede Atende Fácil, mas não temos contrato, somente o edital. Então, aguardamos retorno dele”, diz Nathaly. “Depois, ligamos e ele informou que (o caso) estava na Secretaria da Fazenda e que não sabe informar quando iremos receber”, completa.

“Temos duas questões: a primeira é um absoluto descaso da gestão anterior conosco e com o projeto. A outra é uma aparente falta de atenção e agilidade que se aponta nessa gestão. Não adianta essa gestão ficar só tentando jogar a bomba para a anterior. É preciso, acima de tudo, resolver o problema”, reclama Roberto Kroupa, 28, que também integrou o projeto.

De acordo com Kroupa, a atual administração alega que a ação continuará a ser realizada neste ano, mas com verba reduzida e sem previsão da data da retomada. “O projeto não pode deixar de existir, pois ele está no PPA (Plano Plurianual) do início da gestão anterior e no Plano Municipal de Cultura”, ressalta. Ainda segundo Kroupa, no passado o Viva Arte contou com 35 turmas, totalizando, aproximadamente, 800 alunos atendidos. “Ao todo, (a ação) á atendeu mais de 15 mil pessoas em 16 anos de existência”, frisa.

A equipe do Diário tentou contato com a administração anterior, mas não teve retorno. A atual gestão também foi procurada, mas não se manifestou sobre o problema até o fechamento desta edição.




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