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Indicados de prefeitos enfrentam resistência em pleito legislativo
Leandro Baldini
Do Diário do Grande ABC
15/12/2014 | 07:00
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Hoje, os nomes indicados pelos prefeitos Luiz Marinho (PT), de São Bernardo, e Paulo Pinheiro (PMDB), de São Caetano, podem sair derrotados nas eleições no Legislativo por conta de resistência do próprio bloco de vereadores que dão sustentação aos governos. As duas Câmaras colocam em votação nesta manhã a nova formação das mesas diretoras.

Ambos os chefes do Executivo vivem situação similar para a disputa do pleito: seus prediletos para ocupar a cadeira máxima no Legislativo não são consenso dentro dos blocos de sustentação. José Luiz Ferrarezi (PT) foi o escolhido de Marinho, contrariando a vontade dos demais aliados. O petista, entretanto, discute possibilidade de alçar à presidência Ramon Ramos (PDT), nome defendido pela bancada, a fim de evitar instabilidade.

O panorama mais acirrado ocorre no território são-bernardense, onde Marinho escancarou na semana passada seu desejo por Ferrarezi, obedecendo plano estratégico, revelado pelo Diário. O petista quer o colega de partido no comando da Casa, pois vislumbra a candidatura de sua mulher, a secretária de Planejamento e Orçamento, Nilza de Oliveira (PT), à Prefeitura, em 2016.

Ventila-se pelos corredores do Legislativo que a ideia formatada por Marinho desrespeita a articulação firmada no fim de 2012. Na época, o prefeito exigiu consenso em torno da candidatura de Tião Mateus (PT), garantindo que na próxima disputa um parlamentar aliado seria contemplado.
Insatisfeitos, os partidos endureceram os trabalhos na Câmara, provocando adiamento, durante a última sessão, da votação do projeto do Executivo que visa proporcionar pacote de aumento nos impostos.

Como cartada final, Marinho fez ontem, às pressas, reunião com os 20 parlamentares do grupo em busca de reaver estreitamento da relação.

Contudo, o cenário segue indefinido, tanto que o bloco oposicionista, formado por oito vereadores, ainda não oficializou um nome para o pleito, sinalizando que pode compor favoravelmente em torno da candidatura de Ramon.

Comenta-se, inclusive, que cargos na mesa diretora já foram negociados, caso Marinho insista em apoiar Ferrarezi.

SÃO CAETANO
Não menos dramática que a situação de Marinho está a de Paulo Pinheiro. Em São Caetano, o prefeito tem predileção por Chico Bento (PP), o que desagrada os demais integrantes do arco de aliados por entenderem que a Câmara seria subserviente ao Palácio da Cerâmica. A bancada governista, no entanto, articula à revelia do governo vitória de Paulo Bottura (Pros), duas vezes chefe do Legislativo, e tem boas chances de impor revés ao peemedebista.

A principal reclamação ainda é por conta do pleito passado, que elegeu Sidão da Padaria (PSB) à chefia da Casa. Na ocasião, os vereadores aliados confiaram a escolha para o chefe do Executivo, sob a garantia de que o socialista faria uma administração participativa. Entretanto, muitos demonstram insatisfação com a atual legislatura, justamente alegando falta de diálogo do comando da Câmara.

Com o progressista, os vereadores temem reedição de problemas. 




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