Política Titulo Exoneração
Orosco confirma demissão

Peemedebista deixa Secretaria de Obras cinco dias depois de acusação de agressão a Vanessa Damo

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
28/01/2017 | 07:00
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Celso Luiz/DGABC


O presidente do PMDB de Mauá, José Carlos Orosco Júnior, confirmou pedido de exoneração do cargo de secretário de Obras no governo de Atila Jacomussi (PSB), conforme antecipado pelo Diário. Em carta enviada ao prefeito, Júnior Orosco alegou motivos pessoais e foco em suas empresas. Ele deixa o governo 27 dias após a nomeação.

A queda de Júnior Orosco ocorreu depois que o peemedebista foi denunciado pela mulher, a ex-deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), de agressão física e psicológica. Ela registrou BO (Boletim de Ocorrência) na segunda-feira à tarde. Ele nega todas as acusações. “A Prefeitura de Mauá informa que o secretário de Obras, José Carlos Orosco Júnior, entregou pedido de exoneração ao prefeito Atila Jacomussi nesta sexta-feira alegando motivos particulares. A solicitação foi acatada pelo chefe do Executivo”, disse o governo, por nota. Ainda não está definido quem será seu substituto – inicialmente um interino será designado para a função.

A expectativa de demissão da secretária de Assuntos Jurídicos, Camila Brandão Sarem, não se confirmou. Ela teria sido pivô do processo de divórcio entre Júnior Orosco e Vanessa. Ela chegou ao governo Atila em indicação do Palácio dos Bandeirantes, embora o núcleo duro desconfie que foi Júnior Orosco, em triangulação política, que tenha sugerido a admissão dela – Camila foi procuradora na Prefeitura de Ribeirão Pires.

Júnior Orosco inicialmente relutou em sair da administração. O argumento foi de que o problema apontado para sua saída era de ordem estritamente pessoal. Depois, lembrou que foi peça central na campanha vitoriosa de Atila em outubro. Ele foi indicado para vice de Atila, mas abdicou do posto quando a Justiça Eleitoral não concedeu aval à sua empreitada política rapidamente – sua sogra, Alaíde Damo (PMDB), herdou a vaga.

O presidente do PMDB não se pronunciou oficialmente sobre seu pedido de demissão. Na quinta-feira, por nota, negou as acusações de agressão. “Nunca a agredi (Vanessa), a violência não faz parte da minha índole e continuo a respeitando como mulher, profissional e mãe de minhas filhas.”

RUMO PARTIDÁRIO
Deolidia Benages, secretária estadual de mulheres do PSB – partido de Atila – pediu rápida apuração do caso, registrado na DDM (Delegacia da Mulher) de Mauá. “Peço ao sr. secretário estadual de Segurança, Mágino Barbosa Filho, para que garanta que a apuração deste caso ocorra com agilidade e de forma pública e transparente. Reforço que a união e solidariedade entre as mulheres são o melhor caminho de garantir que a Justiça seja feita e que casos como esses, tão comuns nas nossas Marias, Joanas, Clarices e Vanessas, não se repitam. A violência doméstica é que mais mata mulheres no mundo. Não podemos aceitar nenhum arranhão, nem um tapinha.” 




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