Secretário de Obras de Mauá e presidente do PMDB municipal, José Carlos Orosco Júnior sugeriu ao prefeito Atila Jacomussi (PSB) que só pedirá demissão do cargo se o socialista indicar seu pai, José Carlos Orosco Roman, para o cargo. Júnior Orosco foi acusado por sua mulher, a ex-deputada estadual Vanessa Damo (PMDB), de agredi-la física e psicologicamente no domingo. O caso é investigado pela DDM (Delegacia da Mulher) de Mauá. O peemedebista nega as agressões.

O Diário apurou que o nome de José Carlos Orosco Roman foi colocado à mesa numa reunião entre Atila e Júnior Orosco no fim da tarde de ontem. O socialista teria pedido ao peemedebista que solicitasse sua exoneração diante do episódio com Vanessa Damo.

Júnior Orosco chegou a ser apresentado como vice da chapa de Atila. Aceitou sair da dobrada porque a Justiça Eleitoral não havia dado aval à sua candidatura antes do prazo final de registro de projetos eleitorais – indicou a sogra, Alaíde Damo (PMDB), para a vaga. Porém, foi um dos coordenadores da campanha. O fato de ter acatado a mudança na chapa e o auxílio durante o processo eleitoral são argumentos utilizados pelo peemedebista para continuar no governo.

Roman também foi citado por Vanessa no BO (Boletim de Ocorrência) lavrado na segunda-feira à tarde na DDM. Segundo a ex-deputada estadual, durante briga com seu marido, Júnior Orosco, o sogro ajudou o filho em vez de socorrê-la. Ela relata que Júnior Orosco a forçou a entrar no elevador em meio à discussão e, ao ver a cena, Roman auxiliou o filho.

Atila ainda não tomou decisão oficial sobre o caso, embora tenha sido aconselhado por integrantes do núcleo duro da Prefeitura a exonerar Júnior Orosco e evitar que a turbulência do aliado afete o governo de alguma maneira. Ontem, inclusive, Alaíde Damo confirmou a interlocutores do prefeito que está em posse de gravação feita pela filha durante a briga que teve com o marido no domingo.

Júnior Orosco disse que não agrediu a mulher, embora esteja em processo de divórcio. “Lamento ela ter recorrido a inverdades para falar sobre o caso. Acredito que esteja mal orientada. Eu nunca a agredi. Em nenhuma hipótese.”