O centenário de criação do Distrito de Paz de São Caetano (1917-2017) e uma carta do atual juiz de paz do Cartório de Registro Civil do Município nos levaram a passar uma manhã inesquecível neste mesmo cartório da Rua Pará, sábado último, quando 13 casamentos foram realizados.

Conhecemos o Dr. Lázaro Tavares da Cunha, juiz de Paz, a escrevente Silmara Gitti e vários novos amigos, entre os quais três fotógrafos: Renor Lojudice – veterano da fotografia em São Caetano – Paulo Dutra (que já nos enviou várias fotografias tiradas em São Caetano) e Andréia Alcântara Castro, que fotografou o juiz Lázaro Cunha ao lado de Renor Lojudice e Maria Paoline Lopes.

Esta foto é especial, pois há mais de 40 anos o mesmo Renor Lojudice, do Foto Guerrero, documentou, em cerimônias distintas e neste mesmo Cartório, o casamento dos jovens Dr. Lázaro e Maria Paoline.

Dona Maria veio ao cartório para acompanhar o casamento da filha Evelin. E reconheceu o fotógrafo que documentou o seu casamento com Afonso Lopes Gomes, em 1971.

Conhecemos outros personagens que estavam no cartório, entre eles Carlos Alberto Penachio, o Penachio, quarto-zagueiro do São Paulo FC, o Tricolor do Morumbi, entre 1963 e 1968. Penachio, que desde 1971 mora no bairro Assunção, em São Bernardo, prestigiou o casamento da sua primeira neta, Patrícia, com Mauricio Tanabi, de São Caetano.

Ou seja: nossa visita ao Cartório de Registro Civil de São Caetano rendeu boas matérias para Memória neste momento histórico do centenário de elevação da cidade a Distrito de Paz. Venham com a gente. Começamos com o texto do Dr. Lázaro Tavares da Cunha, o sucessor do primeiro juiz de paz de São Caetano, José Mariano Garcia Júnior, o Juca Garcia, aqui focalizado há uma semana.

Histórias reconstruídas

Texto: Lázaro Tavares da Cunha

Parabéns à Memória pela matéria publicada sobre a história do primeiro juiz de Paz do antigo Distrito de São Caetano, “Juca Garcia”. É realmente um orgulho para a população de São Caetano, daquela época distante e de hoje. Talvez poucos soubessem desta bela história.

Como eram as formas do casamento civil daquela época, as vestimentas, as cerimônias que por certo tocavam os corações dos casais recepcionados no momento legal do ato matrimonial civil. São histórias que devem ser tiradas dos baús para serem relembradas nos dias de hoje.

Sou juiz de Paz titular aqui em São Caetano desde o ano de 2011. Somos dois juízes, eu e o colega Dr. Newton que é suplente, nomeados pela Secretaria de Justiça e da Cidadania do Estado de São Paulo.

Não temos salário e nada ganhamos nas cerimônias dos casamentos feitos no Cartório de Registro Civil. A média varia entre 80 e 100 casamentos por mês.

Quando realizamos a cerimônia nos bufês e residências da cidade, ganhamos 20% do valor que o cartório cobra.

Mas mesmo assim é gratificante participar da alegria e das emoções dos casais e de seus sonhos na construção de nova família, célula mater de nossa sociedade.

Os casamentos aqui no cartório são realizados às sextas-feiras e sábados, com início às 9h e sem horário para terminar, pois nossa cerimônia é com música, troca de alianças e palavras de amor para os casais e seus familiares e amigos. Todos chegam felizes e saem felizes. Esta é a nossa gratificação.

O meu Facebook reúne muitas fotos de casamento que realizamos. É costume, após cada cerimônia, tirar fotos com o meu celular dos casais e demais pessoas que participam.

O Amaral Wagner convida...

Concluímos a lista dos bacharelandos do Ginásio Estadual Amaral Wagner, de Utinga, Santo André, 55 anos depois.

Em 27 de janeiro de 1962 seria celebrada missa. A colação de grau estava marcada para 2 de fevereiro. Imaginem a expectativa de todos.

Mas, vamos aos 16 últimos nomes:

Neusa Barchi.

Odair Gea Garcia, Orivaldo Lucido, Osvaldo Padeti.

Paulo Eduardo Reale, Pedro Maçanobu Takatu.

Raquel Aparecida Tardochi.

Salvador Nelson Orlando, Sidney Gerson Riquetto, Silvestre Ernesto Sava.

Toani Leite da Silva.

Valdira Arinales, Valter Signorini.

Waldir Pereira da Silva, Walter Jardim Alarcom e Wojcieck Andrzej Kuleska.

Acervo: Douglas Piccolo

Continua...

Em 10 de janeiro de...
1827 – William John Burchell, botânico inglês, passa por São Bernardo e desenha trecho da Estrada do Mar, hoje a Rua Marechal Deodoro. É a ilustração mais antiga da cidade que conhecemos.

1897 – Falece, em São Bernardo, o imigrante italiano José Dal Zotto, primeiro prefeito do Grande ABC, cargo exercido entre 1890 e 1892.

1917 – A guerra. Do noticiário do Estadão: crise ministerial na Espanha.

1992 – O presidente Fernando Henrique Cardoso sanciona o novo Código Civil Brasileiro.

Hoje
Dia da Polícia Rodoviária do Estado de São Paulo.

Diário há 30 anos
Sábado, 10 de janeiro de 1987 – ano 29, edição nº 6337

Manchete – Sarney (presidente da República) reage e acusa empresários de pregar anarquia.

São Caetano – Obras no Tamanduateí não cessam enchentes.

Saúde – Hospital Assunção, de São Bernardo, pede descredenciamento da Previdência Social.

Educação – Greve da FEI já não tem o apoio dos professores.

Carnaval 87 – Enredo do Ocara fala do Brasil e da Terra. É o samba-enredo “Da maçã ao cruzado”. Autores: Galego, Guga e Maurício, com música de Compadre e Fábio.

Esportes – O fundista João Alves Passarinho de Souza, do Sesi de Santo André, vence a 10ª Corrida dos Reis, em São Caetano. Ele foi o terceiro colocado na São Silvestre.

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 10 de janeiro:

No Tocantins, Aliança do Tocantins.

Em Minas Gerais, Matutina.

Na Paraíba, São José do Sabugi.

Em Pernambuco, São Lourenço da Mata.

Santos do Dia

Guilherme de Bourges (estampa) foi bispo francês. Faleceu em 1209.

Aldo

Gregório X

Nicanor