Prestes a completar três meses, a chacina que culminou na morte de cinco jovens que moravam no Parque São Rafael, em São Paulo, caso que chocou o País, segue sem explicação. Até o momento, o GCM (Guarda Civil Municipal) de Santo André Rodrigo Gonçalves de Oliveira permanece sendo o único suspeito de envolvimento no crime preso. A Polícia Civil continua em busca do esclarecimento da chacina e dos demais autores da execução.

Os corpos dos cinco jovens, que desapareceram no dia 21 de outubro, quando seguiam para suposta festa em Ribeirão Pires, foi encontrado apenas no dia 7 de novembro, em Mogi das Cruzes. Oliveira confessou ter criado perfis falsos em rede social, passando-se por garota, para atrair os rapazes, com idade entre 16 e 30 anos, para armadilha. Ele nega, no entanto, ter participado da execução.

A emboscada teria sido planejada como vingança pela morte do também guarda civil andreense Rodrigo Lopes Sabino, em 24 de setembro. Três dos cinco jovens estavam sendo investigados pelo crime.

Em meados de dezembro, o MP (Ministério Público) apresentou à Justiça denúncia na qual Oliveira é apontado como responsável pela morte e ocultação de cadáver dos cinco jovens. “Certamente, o guarda que foi preso não agiu sozinho. Os indícios apontam para possível atuação de grupo de extermínio, formado por guardas e policiais. Esperamos que, após o recesso de fim de ano, as investigações avancem. O crime não pode ficar impune”, avalia o integrante do Condepe (Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Humana), coordenador estadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos de São Paulo e fundador da Comissão Especial da Criança e do Adolescente do Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Ariel de Castro Alves.

O DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) continua investigando o caso e recolhe depoimentos. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), novo inquérito foi instaurado para apurar a eventual participação de outras pessoas no crime.