Política Titulo Ribeirão Pires
José Nelson dá indícios de que engavetará CPI da Saúde

Desde o início em setembro, o processo segue moroso na Câmara, sem desdobramentos

Por Vitória Rocha
Especial para o Diário
21/01/2016 | 07:00
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O presidente do Legislativo de Ribeirão Pires, José Nelson de Barros (PSD), deu indícios de que não deve dar continuidade à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde, aberta em outubro do ano passado para investigar contratos da Pasta com a FUABC (Fundação do ABC) e com a Santa Casa, além de apurar outras questões como a qualidade dos serviços prestados, a falta de médicos, o processo de licitação para a construção do hospital municipal e o que provocou o fechamento da Farmácia Popular na cidade.

Para o pessedista, a decisão de abrir ou arquivar a CPI está em suas mãos e, talvez, ele coloque a questão em discussão em fevereiro, com o retorno das sessões na Câmara, mas afirmou que não há motivos para tocar no assunto neste momento. “Como vou abrir CPI da Saúde (em Ribeirão) se o Brasil inteiro está ruim? Vai resolver o quê? Não é hora para abrir CPI.”

No fim de 2015, o dirigente da Casa já parecia pouco inclinado em viabilizar a empreitada de averiguação. Em outubro, ele havia declarado que pré-candidatos ao Paço de Ribeirão não poderiam participar da CPI, atingindo as pretensões do único vereador petista na cidade, Renato Foresto, que alegou ter interesse em participar da ala, conforme matéria publicada pelo Diário, no ano passado. Além disso, José Nelson também decidiu contratar empresa jurídica externa, sob o pretexto de que o jurídico da Câmara também continha possíveis postulantes, travando mais uma vez o andamento do processo.

Primeira da história do município, a CPI da Saúde foi aberta durante o governo do atual prefeito, Saulo Benevides (PMDB), que, em 2012, quando era vereador, já havia tentado emplacar a discussão no mandato do ex-prefeito Clóvis Volpi (PSDB), porém afirmou, desta vez, que a CPI possui apenas conotação política e não há argumentos para que seja levada adiante.

VICE
A vice-prefeita de Ribeirão, Leonice Moura, a Leo da Apraespi (PMB), garantiu, em coletiva, que irá acionar o Ministério Público para investigar a falta de licitação para as merendas escolares deste ano e o débito de R$ 1,13 milhão da Prefeitura com o Rotary Club por conta do Festival do Chocolate.  




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