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Perigo ronda caixa d'água da Xingu
Por Andrea Catao Maziero
Da Redaçao
18/04/1999 | 16:41
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Uma área da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de Sao Paulo) na rua Xingu, esquina com a alameda Araguaia, no bairro Oswaldo Cruz, em Sao Caetano, que fica permanentemente aberta e nao possui esquemas de vigilância 24 horas, é a grande preocupaçao dos moradores da cidade. Segundo eles, o portao, regularmente trancado, nao impede a entrada de vândalos ou mesmo pessoas desavisadas, já que os muros estao destruídos. Teme-se apenas uma coisa: acidentes.

A dona de casa Terezinha Figueiredo Pereira, 68 anos, nao quer que se repita o que aconteceu recentemente no Jabaquara, em Sao Paulo, quando dois garotos entraram numa área da Sabesp, nadaram no reservatório e foram sugados pela pressao da água.

Na ocasiao, as casas que eram servidas pelo reservatório ficaram por dois dias sem água até que o Corpo de Bombeiros encontrasse os corpos dos garotos e os técnicos da Sabesp limpassem a rede de abastecimento.

Segundo ela, nao é impossível que uma tragédia como aquela se repita. Em Sao Caetano, explica a dona de casa, a tampa do reservatório pode ser facilmente removida. "Só um cadeado prende a tampa. Qualquer um pode quebrá-lo e entrar no reservatório. É até uma piada manter um cadeado no portao, sendo que logo ao lado o muro está quebrado", afirmou Terezinha.

A assessoria de imprensa da Sabesp informou que é muito remota a possibilidade de alguém conseguir remover o cadeado e levantar a tampa do reservatória, que é composta de material pesado, retirado somente com a ajuda de equipamentos apropriados.

O aposentado Marcondes Vidotto, 73 anos, aponta outro motivo para a falta de segurança. Segundo ele, apenas um guarda permanece no local durante o dia. A noite nao há vigilantes na área. "Se durante o dia já é fácil qualquer um entrar no terreno da Sabesp, imagine à noite", acrescentou Vidotto.

Segurança em estudo - A assessoria de imprensa da Sabesp informou que formas de se reforçar a segurança do local já estao em estudo, o que inclui a reconstruçao do muro.

Atualmente, segundo a assessoria, um vigia permanece na área por um período de oito horas (durante o dia).

No restante do dia, a segurança é feita de quatro em quatro horas, quando um vigilante - que percorre diversos locais - passa pela área para checar se nao existe nenhum problema.

O estudo de novos sistemas de segurança também prevê a permanência de um vigia 24 horas no local. Segundo a assessoria de imprensa, as medidas devem ser implementadas a curto prazo.




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