O 'Paro Cívico', como foi batizado o protesto, que conta com o apoio dos sindicatos, dos grandes proprietários de terra e da Confederação dos Trabalhadores Venezuelanos, começou às 6h no horário local (8h de Brasília). Os serviços públicos devem continuar funcionando em plantão para atendimento de emergências.
O pacote anunciado por Chávez proíbe a pesca por arrastão, feita por grandes embarcações e amplia os royalties sobre o petróleo pagos por empresas privadas. Porém, a Lei das Terras, que limita a extensão das propriedades privadas a 5 mil hectares e cria o Instituto Nacional de Terrra, chamou muita atenção.
Os empresários consideram as leis estadistas e acreditam que denotam uma economia planificada e centralista, em oposição às economias abertas e ocidentais.
Cerca de 2 mil agricultores se concentraram na Praça Caracas, onde o presidente deve fazer um comício sobre a Lei de Terras. "Não à greve" e "Sim à lei de terras" são algumas das inscrições vistas nos cartazes exibidos pelos agricultores.
O presidente da Fedecámaras, Pedro Carmona Estanga, que convocou a paralisação cívica, estimou que 85% da população está participando do movimento.
Chávez, que nos últimos dias pediu união e diálogo, alertou: "Se me levarem a uma situação extrema, se essas minorias privilegiadas tentarem alterar o processo democrático, terei de adotar medidas muito duras".
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