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Empresas destacam ações de saneamento

Responsáveis pelo setor comentam obras que estão em andamento para minimizar problema

Por Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
23/02/2016 | 07:00
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Nario Barbosa/DGABC


Empresas responsáveis pelo setor de saneamento na região tentam viabilizar o básico do serviço para ao menos uma parte de quem não tem esse acesso, como mostrou o Diário na edição de domingo.

Segundo o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), uma das intervenções que estão em andamento no município andreense é o Caça Esgoto do Córrego Comprido, programa que visa investigar toda ligação irregular de águas pluviais no sistema de esgotamento ou toda contribuição irregular de esgoto no sistema de Drenagem Urbana. A previsão de conclusão era para fevereiro e a obra tem 99,4% de evolução física.

Além dessa ação, também são feitas as interligações e coletores troncos nos córregos Cassaquera (bairro Homero Thon) e Comprido (bairros Santa Terezinha e Bangu), previstas para serem finalizadas em agosto; coletores tronco em todo o município, com previsão de entrega em setembro; e implantação de sistema de esgoto no bairro Recreio da Borda do Campo, previsto para dezembro de 2017. Em todas há investimento do governo federal e contrapartida da cidade.

Em Mauá, a Odebrecht Ambiental, responsável pelo setor, diz que, para viabilizar a coleta de esgoto nos 7% de imóveis que não têm acesso, identificou duas alternativas: a captação de esgoto em tempo seco e tubulação de ferrocimento, que já estão em fase de implantação em alguns bairros. A empresa não informou as localidades nem os prazos. “Com a aplicação dessas duas soluções, será possível atender mais de 3.000 imóveis situados em áreas onde seria impossível implantar rede da forma convencional”, afirma.

Para aumentar os índices de coleta e tratamento de esgoto na região, a Sabesp (que opera nas cidades de Diadema, São Bernardo, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra) comenta que estão em andamento o Programa de Despoluição do Rio Tietê, o Pró-Billings e o Programa Mananciais, cujo término está previsto somente para 2018.

De acordo com a companhia, em São Bernardo, de 2012 a 2015, foram investidos R$ 239 milhões em obras de coleta e tratamento de esgoto. Apesar disso, dos 92% de esgoto coletado, apenas 32% são tratados. O município está incluído na 3ª Etapa do Projeto Tietê. “As obras de coletores tronco na cidade já atingiram 93% de execução (cerca de 34 quilômetros) e foram concluídos aproximadamente 37 quilômetros de redes coletoras de esgotos, que representam cerca de 90% do total previsto nesta etapa. Ainda em São Bernardo, dos 21 quilômetros de coletores tronco previstos no Programa Pró-Billings, 56% foram instalados”, declara a companhia.

Em Ribeirão Pires, a Sabesp informa que as obras são integradas, com benefício para cidades vizinhas. Entre as ações estão a expansão das redes coletoras e ligações nos bairros Ouro Fino e Quarta Divisão.

Já em Rio Grande da Serra, a Sabesp está instalando redes coletoras e ligações domiciliares na Vila Niwa, Jardim Tsuzuki, Vila Conde Siciliano, Pedreira, Jardim Esperança e Jardim Novo Horizonte.

Em Diadema, de acordo com o Ministério das Cidades, foi iniciada em abril de 2011 a obra de saneamento integrado e urbanização no Sistema Billings – Eldorado/Complexo Caviúna, mas até o momento, somente 8,9% foram executados. Com valor total de investimento na ordem de R$ 34,6 milhões, R$ 2,06 milhões são de contrapartida da Prefeitura. A data de conclusão não foi informada.

A Pasta federal diz que os valores a serem repassados em novas contratações dependerão da abertura de seleções públicas e dos recursos efetivamente destinados pelo Orçamento Geral da União, “sendo certo que os recursos existentes serão partilhados pelos muitos municípios, Estados e concessionárias que atendam aos requisitos dos referidos processos seletivos.”

O especialista em Gestão Ambiental e Saneamento e professor da Universidade Metodista Carlos Henrique Oliveira lembra que, no Brasil, apenas 1/3 do esgoto coletado é efetivamente tratado. “Ou seja, está aí explicação do porquê de nossos rios serem tão poluídos. Estes resultados demonstram que não basta apenas implantar as redes. É necessário investir em todo o sistema.” 




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