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Metalúrgicos retomam discussão com autopeças
Por Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
14/09/2009 | 07:00
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Sérgio Alberti/Especial para o Diário


Depois de mais de 50 dias de negociação, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e o Sindipeças (Sindicato dos Fabricantes de Autopeças) ainda não encontraram um ponto em comum. A fim de tentar aparar as arestas, as entidades se reúnem nesta segunda-feira para tratar do reajuste salarial dos trabalhadores da categoria.

A região concentra cerca de 80 autopeças e os funcionários ainda não sabem qual será o aumento oferecido neste ano.

Segundo o presidente do sindicato dos trabalhadores, Sérgio Nobre, a intenção é pressionar o lado patronal a acompanhar a proposta feita pelo Sinfavea (Sindicato Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). "A partir de agora não negociamos mais reajuste baseado em reposição da inflação, queremos reajuste real e já provamos que é possível conseguir", afirmou Nobre.

Os trabalhadores das montadoras aprovaram, em assembleia realizada sábado, reajuste de 6,53% - reposição da inflação, mais aumento real de 2%. Além disso, foram contemplados com abono de R$ 1.500, a ser pago no dia 25.

Para Nobre, essa proposta é a prova de que os empresários não estão em maus lençóis depois da crise econômica. "Esse foi o melhor acordo fechado no País. Como sindicato de referência que somos, precisamos pressionar ao máximo para que esse índice seja usado como base por entidades de todo País", destacou.

O representante sindical ressaltou a importância dos trabalhadores para a conquista do índice. "Sem as mobilizações não teríamos conseguido a proposta. Os funcionários são a peça-chave das negociações e é assim que sempre será. Nossa vitória só será decretada quando todos os metalúrgicos tiverem direito ao reajuste real", enfatizou Nobre.

O sindicalista afirmou que pode haver greve caso não haja contraproposta do Sindipeças na reunião de hoje. "Na quinta-feira faremos outra assembleia e decidiremos o rumo", finalizou.




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