A Prefeitura de São Bernardo abriu na sexta-feira processo de seleção pública para modernizar a iluminação de vias municipais no conceito de smart cities (cidades inteligentes).

O processo está vinculado à chamada pública da AES Eletropaulo e contemplará, inicialmente, as ruas Marechal Deodoro e Jurubatuba e as avenidas Francisco Prestes Maia, Pery Ronchetti, Dom Pedro de Alcântara e Luiz Pequini.

De acordo com o Paço, o valor do investimento só será definido após a seleção dos projetos vencedores do processo conduzido pela empresa de energia.

Segundo a administração do prefeito Orlando Morando (PSDB), os custos restringem-se aos serviços da mão de obra para troca das luminárias. “Todos os equipamentos, no casos dos projetos vencedores, serão fornecidos sem custo para o município”, informou por meio de nota.

O Executivo definiu que o projeto deve contemplar a substituição dos equipamentos atuais por novos sistemas utilizando tecnologia LED regulável e preparado para automação conforme o modelo de smart cities, o que permite a instalação de outros serviços, como monitoramento de tráfego, por exemplo.

Conforme o edital publicado pela AES Eletropaulo, o programa tem valor máximo de R$ 5 milhões e o principal objetivo é promover projetos de eficiência energética e evitar o desperdício.

Além dos clientes públicos, como as prefeituras, poderão participar do programa as indústrias, comércios, equipamentos rurais e até mesmo residências.

A lista de possíveis intervenções que podem ser enquadradas no programa possui projetos de energia solar para aquecimento de água, além da troca de equipamentos.

AGENDA
O documento da empresa destaca que a legislação em vigor determina que as concessionárias e permissionárias de serviços de energia elétrica devem aplicar anualmente valor equivalente a 0,5% de sua receita operacional líquida anual para o desenvolvimento de programas desse tipo. Estão enquadrados ainda projetos educacionais e de gestão energética municipal.

O edital da companhia define que o custo com diagnóstico energético, ou seja, com estudos técnicos, não poderá ser maior do que 5% do custo total do projeto.

Já o valor despendido com treinamento e capacitação não poderá passar do teto de 3% da proposta e os serviços de medição e verificação possuem limite de 5% do total.

O cronograma da AES Eletropaulo, por sua vez, prevê que a consulta seja encerrada em 15 de março e que a divulgação dos resultados finais aconteça até dois meses, no dia 15 de maio.

A empresa observa, no entanto, que a agenda poderá sofrer atrasos, de acordo com o volume de projetos de eficiência energética recebidos ao longo da consulta pública.