O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a sinalizar claramente que será 'sim' candidato à reeleição. Em discurso durante visita às obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Macapá, nesta terça-feira, ele afirmou que "quatro anos para quem está governando é muito pouco, mas para quem está na oposição é uma eternidade. Há sempre esse conflito".

A declaração, além de escancarar o desejo de mais um mandato à frente do país, também foi uma forma de 'cutucar' PSDB e PFL, que freqüentemente acusam Lula de antecipar a corrida eleitoral e afirmam que ele, diante dos escândalos de corrupção, não tem a 'menor chance' de estar no Palácio do Planalto em janeiro de 2007.

No entanto, na tentativa de despistar a imprensa, Lula buscou desviar o tom do seu discurso para questões estaduais. De acordo com ele, uma sucessão deve acontecer de maneira harmoniosa, para evitar que a população seja prejudicada. "Uma eleição, se não ajudar, não pode atrapalhar as obras que estão em andamento nos estados. Não se pode fazer da disputa eleitoral uma guerra contra o desenvolvimento da cidade", disse Lula.

Por fim, o presidente afirmou que vai concluir em 2006 todas as obras possíveis. "O aeroporto tem que ser inaugurado ainda em 2006. Precisamos colher aquilo que plantamos. Não vamos deixar ninguém colher aquilo que colocamos embaixo da terra."