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Petistas atacam PSDB em ato de apoio a Dirceu
20/11/2005 | 09:16
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Ato público em defesa do deputado José Dirceu (PT–SP), realizado neste sábado em Belo Horizonte (MG), transformou-se em palco de ataques ao PSDB. Dirceu aproveitou para rebater a provocação feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que desafiou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a concorrer à reeleição, afirmando que os tucanos querem derrotá-lo. “Ele, que mandou esquecer o que ele escreveu, esqueceu o que ele fez nos oito anos de governo”, disse, defendendo uma nova mobilização e uma repactuação política para garantir o segundo mandato ao atual presidente.

No ato público, que reuniu pela manhã cerca de 250 pessoas – na grande maioria políticos e militantes petistas – num pequeno auditório da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, FHC foi mesmo o alvo predileto. O prefeito da capital mineira, Fernando Pimentel (PT), chamou de arrogante o ex-presidente e disse que a convenção nacional do PSDB, na sexta-feira, em Brasília, revela que o país vive um momento de “disputa política” com o objetivo de “remover” do poder o presidente Lula.

Pimentel chamou FHC de presidente “de triste memória” – “especialmente para nós mineiros, porque como presidente ele espezinhou o nosso Estado, desprezou a nossa cidade, foi um presidente que nos tratou como cidadãos de segunda categoria” – e aproveitou para atacar também o senador e presidente do PFL, Jorge Bornhausen (SC), presente ao evento tucano.

Já o ex-ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos e atual presidente do PT mineiro, Nilmário Miranda, apropriou-se do slogan contra a escalada fascista, na guerra civil espanhola, para disparar contra os tucanos. “No pasarán!”, afirmou ao final de seu discurso. “Eles não derrotarão o presidente Lula, não derrotarão a reeleição”.

Dirceu acusou as oposições de acobertarem denúncias de caixa 2 em suas campanhas e desafiou PSDB e PFL a se engajarem na aprovação de uma reforma política. “Eles não têm interesse em acabar com o caixa 2 e nem com a corrupção na administração pública federal. O interesse deles é criminalizar o PT e cassar o registro, desestabilizar, fazer o impeachment, ou impedir que o presidente seja candidato à reeleição”.

Dirceu voltou a argumentar que não há provas contra ele no processo de cassação a que responde e disse que está sendo vítima de uma “violência jurídica nunca vista”. Atacou as CPIs no Congresso e “grande parte da mídia” – que, conforme disse, já o trata como cassado e vai criando um clima para isso na opinião pública. O deputado reafirmou que continuará militante do PT independentemente do resultado do seu processo político. “A direita sabe, mas ela quer esse troféu para fazer propaganda contra o PT e o governo”, concluiu.




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