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Projeto de vôlei com jovens em Mauá ganha holofotes

Vitoriosa, categoria de base da cidade foi visitada pela Confederação, mas sequência está em xeque

Felipe Simões
14/02/2017 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Se no futebol, principal esporte do Brasil, já é difícil revelar talentos, imagine no vôlei. Mas é este desafio que 12 professores enfrentam no Projeto Voleibol de Mauá, que atende 200 crianças e jovens entre 10 e 19 anos em quatro unidades na cidade. E basta olhar para o retrospecto para ver que o trabalho está sendo benfeito – alunos da Associação de Voleibol Mauá, que é a executora do projeto, já conquistaram os mais variados títulos.

Só em 2016, foram levantados os troféus do Iniciantes (sub-13), Início e Metropolitano (sub-14), e Jogos Regionais (mescla de professores com o sub-19), além do bronze nos Jogos Abertos da Juventude (sub-19). Além disso, o projeto foi representado nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro por Maurício Souza, que passou pelo vôlei mauaense entre 2006 e 2007 e conquistou o ouro na Olimpíada carioca.

O sucesso chamou a atenção da CBV (Confederação Brasileira de Voleibol), que visitou o projeto ano passado para conhecer a estrutura. “A CBV está preocupada com o desenvolvimento harmônico do vôlei no Brasil. Eles visitaram todos os Estados, e a nossa equipe teve a visita por indicação da Federação Paulista. Colocou a gente em um lugar de destaque na base”, afirmou Osvaldo Begliomini, supervisor do projeto, no qual trabalha desde 1989.

Apesar de vitorioso, o projeto de Mauá pode não ter continuidade. Isso porque ainda não foi firmada renovação do convênio com a nova gestão e não há prazo para que isso ocorra. Segundo Begliomini, o prefeito Átila Jacomussi (PSB) já sinalizou positivamente pela manutenção do trabalho. “Temos, desde o fim do ano, uma conversa com a nova administração. Estamos confiantes que vá emplacar. O prefeito deixou claro que quer a manutenção do projeto. Estamos aguardando”, afirmou o supervisor.

O Diário entrou em contato com a Prefeitura de Mauá, mas não obteve resposta.


CONSEQUÊNCIA

O bom desempenho com o projeto rendeu a Begliomini a vaga de treinador da equipe paulista sub-16 no Brasileiro de seleções estaduais, o qual foi campeão em dezembro no Centro de Desenvolvimento do Vôlei, em Saquarema, no Rio.

“É um campeonato feito para fomentar a base. É muito bom porque aparecem novos valores. Toda a equipe técnica da base da Confederação está lá para apreciar. O campeonato é de um nível muito forte”, avaliou Begliomini, que espera continuar no time em 2017 – todo ano há nova avaliação da CBV. “Se eles depositarem em mim a responsabilidade, vou fazer de tudo para conseguir ter um desempenho muito bom em 2017”, disse. 




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