O PSB, partido que atualmente participa da bancada de situação do prefeito Oswaldo Dias (PT) na Câmara, espera abertura dos petistas para ampliar a inclusão no governo.

Segundo o presidente da sigla, Carlos Wilson Tomaz, caso a negociação que já está em andamento não dê frutos, a orientação da executiva do partido é para que os vereadores eleitos pelo PSB migrem para a oposição. "Temos uma posição definida que é votar projetos que sejam de interesse da população, mas o governo precisa entender a importância do partido dentro da esfera do Legislativo", disse.

O PSB possui quatro vereadores na Câmara. Após a derrota do candidato socialista Chiquinho do Zaíra no segundo turno das eleições, os vereadores do partido, que participavam da bancada de situação do ex-prefeito Leonel Damo (PV), aproximaram-se da ala petista, O vereador Luiz Alfredo dos Santos Simão (PSB) chegou a desistir de disputar a presidência da Casa, abrindo espaço para o petista Rogério Santana assumir, antes do início do mandato de Oswaldo. Na época, Chiquinho criticou a postura do partido. "Chiquinho ainda é contra essa aproximação. O diretório respeita, mas temos de ver o melhor para a cidade e para nossos vereadores. A eleição passou. Agora queremos ajudar a cidade", explica Tomaz sobre a mudança de postura.

Questionado sobre as bases do acordo para a aliança, o presidente não anuncia os pedidos feitos à administração Oswaldo. "Tivemos um contato tímido com o secretário de Governo (José Luiz Cassimiro). Ele se mostrou interessado em nos ter no bloco, mas ainda não recebemos nenhuma proposta."

Tomaz afirma que as rusgas eleitorais ficaram para trás. "As primeiras sessões mostraram que o PSB está aberto para discussões. Estamos com o governo pelo bem da população."

O presidente aposta que a decisão do Executivo sobre a aliança deve ser anunciada entre hoje e segunda-feira. "Já fizemos a reunião. Estamos só aguardando o retorno."

Procurado, Cassimiro não foi encontrado para confirmar o encontro.

NOVA POSTURA - Dentro da Câmara, o vereador socialista Alberto Betão Pereira Justino continua firme como oposição, contrariando o partido.

Tomaz diz que como o apoio ao governo não é oficial, o contato com Betão sobre o assunto ainda não foi reforçado, mas caso o PSB integre a bancada governista, o presidente é taxativo quanto à situação do vereador. "Ele foi eleito pelo PSB, seu mandato é do partido. Ou ele mudará sua postura ou terá de entregar seu mandato."