O ex-vereador de São Bernardo e diretor da Prodesp (Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo), Admir Ferro (PSDB), retomou o consenso para assumir a coordenadoria do tucanato no Grande ABC.

Ferro reuniu integrantes de diretórios municipais da região na segunda-feira para reforçar o apoio à sua candidatura a coordenador regional. Tucanos de São Caetano, Diadema, Santo André, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra vinham mostrando indisposição com o nome do ex-parlamentar. A reclamação dos correligionários foi referente à relação estreita com o PPS. A Prodesp responde ao secretário paulista de Gestão Pública, o presidente estadual popular socialista David Zaia.

“Eles confirmaram o apoio que já estava acordado desde a eleição do diretório estadual. Nunca vou ser unanimidade, porque toda unanimidade é burra. Nunca disse que era candidato a coordenador, não pedi nada. Foi um acordo que surgiu naturalmente”, declarou o tucano. O cenário no PSDB regional está marcado pelo racha entre Ferro e o grupo do deputado estadual Orlando Morando. Apesar da situação, não há outra candidatura a coordenador regional.

De acordo com o presidente tucano de São Caetano, Moacyr Rodrigues, o apoio a Ferro será definido hoje. “Vamos nos reunir e consultar as bases, mas a tendência é de ficarmos do lado do Admir Ferro”, disse. O vereador são-caetanense do PSDB Beto Vidoski afastou a insatisfação com nome do são-bernardense. “Fui o primeiro a defender o nome dele para o comando regional. Não tem nenhuma intriga aí”, afirmou.

PLANEJAMENTO

O pensamento de Ferro para atuação na coordenadoria regional é para fortalecer a sigla no Grande ABC sem descartar alianças com aliados. “Temos que buscar candidatos a deputado estadual e federal da região. É importante, mas também podemos fazer alianças com aliados que vão nos ajudar e ajudar a eles”, pontuou.

Além disso, o ex-vereador quer fortalecer a representação dos tucanos do Grande ABC junto ao Estado. “A coordenadoria tem um papel muito maior do que regional. Nós temos que ter força para participar das discussões da eleição majoritária, reeleição do governador Geraldo Alckmin, do nosso futuro candidato à Presidência (senador Aécio Neves), coligações e escolha de vice. Para o PSDB ser grande, temos que participar desse processo”, avaliou.