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Bush: 'é a primeira guerra do século XXI'
Por Do Diário OnLine
14/09/2001 | 00:31
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, disse nesta quinta-feira, visivelmente emocionado, que os ataques terroristas são uma declaração de guerra contra o país e assegurou haverá retaliações. "Trata-se da primeira guerra do século XXI", disse. Ele anunciou ao prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, e ao governador do Estado, George Pataki, que viaja nesta sexta para visitar Nova York e "chorar com as famílias das vítimas".

Durante o dia, o Diário OnLine informou incorretamente que Bush fizera referência à uma guerra mundial. O presidente não citou um confronto de nível mundial. "Agora nos foi declarada a guerra, conduziremos o mundo à vitória", disse o presidente americano.

Os EUA estão cada vez mais preparados para o revide. Bush tem total apoio do Congresso americano, inclusive financeiro, em caso de um conflito. Os parlamentares aprovaram, na noite de quinta-feira, um fundo adicional de US$ 40 bilhões para ser usado pelo governo no combate ao terrorismo internacional. A Casa Branca havia pedido a metade dessa quantia.

O Pentágono estuda um plano de reação rápida, com tropas e armas mobilizadas para o combate, à espera de um comando presidencial. A cúpula da Defesa Nacional e da Inteligência Militar americanas falam em dar tratamento de guerra ao combate contra os terroristas.

O inimigo declarado é o milionário saudita Osama Bin Laden, classificado pelo secretário de Estado, Colin Powell, como principal suspeito de ter ordenado os ataques terroristas a Washington e Nova York.

Bush afirmou que recebeu promessas de cooperação tanto dos aliados dos Estados Unidos como de governos suspeitos de proteger os culpados. "Daremos ao governo do Paquistão uma oportunidade de cooperar e de participar da caça àqueles que cometeram este desprezível ato", advertiu o presidente.

Após o discurso de Bush, o subsecretário da Defesa, Paul Wolfowitz, afirmou que os Estados Unidos lançarão campanha militar voltada não apenas contra as organizações terroristas que consideram responsáveis pelos atentados de terça-feira passada, mas também contra seus santuários e as nações que lhes derem refúgio.

"Não se trata apenas de capturar esta gente e fazer com que paguem pelo que fizeram, mas eliminar os refúgios, os sistemas de apoio, acabar com os Estados que patrocinam os terroristas e o terrorismo", disse Wolfowitz em entrevista à imprensa.

Patriotismo aceso - O governo tem clamado para que a população apele ao amor à pátria neste momento crítico. As rádios tocam a todo momento o hino nacional e a procura por bandeiras dos Estados Unidos tem crescido massivamente.

A rede de supermercados Wal-Mart vendeu 200 mil bandeiras na quarta-feira. Foram mais 115 mil unidades vendidas nesta quinta-feira. Em San Francisco (Califórnia), algumas lojas retiraram seus produtos das vitrines e os substituíram por bandeiras. "Exibir a bandeira mostra que não estamos e nem seremos derrotados", declarou o Senador pelo estado de Nova York, Charles Schumer.




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