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Transportadoras da região registram recuperação
Por Leone Farias
Do Diário do Grande ABC]
19/09/2009 | 07:00
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As transportadoras de carga da região festejam a retomada dos negócios, depois do baque gerado pela crise global. Segundo o presidente do Setrans ABC (Sindicato das Empresas de Transporte de Carga do Grande ABC), Antonio Caetano Pinto, o setor observa crescimento de 8% ao mês desde março. "Já estamos melhor que em 2007, que foi um ano muito bom", afirmou na quinta-feira à noite, durante evento em Santo André para comemorar o Dia Nacional do Transportador.

O dirigente estima ainda que as empresas do ramo na região vão contratar de 800 a 1.200 pessoas até dezembro, parte desse número para repor pessoal cortado no fim do ano passado, em função da crise.

Um dos fatores que explica a melhora é a recuperação das vendas de veículos. No Grande ABC, 70% dos negócios das transportadoras são focados na entrega de peças para abastecer a linha de montagem das fabricantes.

INVESTIMENTOS - A reação do mercado já leva os empresários do ramo a se movimentarem para aquisições de caminhões. "Estamos fazendo consultas", afirmou o empresário Antonio Oliveira, da Ajofer, que tem frota de 380 veículos e atende montadoras.

Mesmo quem faz transporte para outros segmentos sentiu a melhora. "O mercado começou a reagir a partir de agosto", citou o empresário Cláudio Borelli, da Transportes Borelli. Sua empresa,que atua no ramo de produtos químicos, acaba de adquirir dez veículos, investindo cerca de R$ 3,2 milhões.

Além do cenário econômico mais favorável, as aquisições têm como estímulo novas linhas de crédito do BNDES (Banco Nacional do Desenvolmento Econômico e Social).

Com isso, as fabricantes estimam que 2009 será o segundo melhor ano para o setor. O supervisor de vendas da Mercedes-Benz, Luiz Carlos Cardoso, prevê que todo o mercado fechará o ano com 93 mil unidades vendidas, pouco acima das 90 mil de 2007, embora abaixo das 120 mil comercializadas no ano passado.

"A redução do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o novo Finame (do BNDES, que oferece taxa de 7% ao ano) foram alavancas", afirmou o diretor da Volkswagen Caminhões Antonio Cammarosano Filho.




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