Para quem quis curtir o Carnaval, mas não se animou com os blocos que desfilam pelas ruas, os bailes promovidos pelos clubes foram boa opção, especialmente para quem se preocupou com a segurança. Em Santo André, o Clube Atlético Aramaçan promoveu, na tarde de ontem, sua tradicional matinê. O evento já vinha sendo realizado desde sábado (quando foi aberto apenas para sócios; nos demais dias, para o publico em geral), e recebeu média de 1.000 pessoas a cada dia de Folia.

“Neste ano voltamos com a Noite do Carnaval, após dez anos, inclusive com o concurso de fantasia, que é realizado há uma década”, disse o vice-presidente do departamento social do clube, Luiz Gomes, 63 anos. “O Carnaval aqui foi um sucesso”, comemorou.

A professora Luciana Galvão, 42, frequenta o baile há pelo menos 40 anos. “Antes vinha sozinha, agora venho com marido e os filhos adolescentes”, contou. Aos 14 e 15 anos, os filhos já expressam o desejo de irem sozinhos, mas até o momento não foram atendidos. “Aqui sei que estão seguros. Combinamos um horário e nos encontramos ao final. Todos se divertem, mas por enquanto será sob a minha supervisão”, justificou a mãe.

Quem também estava sob a supervisão de um adulto era o trio de adolescentes Jennifer Keli Horato, 17, Raíssa Falim, 17, e Letícia Falim, 15. As três já frequentam o baile há vários anos, por ser perto de casa, e também por se sentirem mais seguras. “Minha mãe vem e ficamos até o final”, explicou Letícia.

Para os pequenos até 6 anos, o clube reservou um espaço com brinquedos infláveis. A recepcionista Alessandra Sisti Marche, 41, levou o pequeno Lorenzo, 3, para curtir a Folia. “A gente vem para cá pela segurança”, afirmou. A assistente administrativa Carolina Ferreira, 38, também escolheu o lugar para se divertir com Matheus, 4, pela segurança. “Carnaval só hoje, nos outros dias a gente descansou.”

SÃO BERNARDO

Em São Bernardo, cerca de 800 foliões compareceram na quadra da Associação dos Funcionários Públicos da cidade para o encerramento das matinês de Carnaval. O evento deu início à programação de 62 anos da associação.

Ao som de antigas marchinhas, a confeiteira Camila Evellyn, 30 anos, aproveitou pela primeira vez a festa. Vestida de Arlequina, personagem fictícia que geralmente aparece como inimiga do super-herói Batman, ela acompanhou de perto a diversão de filho e sobrinhos. “É um espaço onde eles conseguem se divertir com segurança e a gente acaba entrando na festa.”

A professora Rosana Ramos, 45, foi outra que aproveitou a terça-feira de Carnaval para unir a família. “Já é um evento que está no nosso calendário”, afirmou.

Para atrair maior público às matinês, a Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo promoveu ontem, no encerramento da festa, um concurso de fantasias.

Evento para o qual a dona de casa Ruth Lima de Souza, 39, diz ter se preparado com um mês de antecedência. “Pesquisamos na internet o que estava em alta para este ano”, disse ela, fantasiada de personagem da Mulher Maravilha, enquanto seus filhos Arthur, 7, e Bianca, 5, foram de Homem Aranha e princesa, respectivamente.

A empresária Arlete Bittencourt, 42, foi outra que estava a caráter para a festa, vestida de líder de torcida. “Nessas horas a gente volta a ser criança para aproveitar com nossos filhos.”