Memória Titulo São Bernardo
A Praça Lauro Gomes. O Largo do Governo. O campo do Palestra
Por Ademir Medici
19/12/2017 | 07:00
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 Amanhã, quarta-feira, 20 de dezembro de 2017, meio-dia: Prefeitura de São Bernardo anuncia a entrega da nova Praça Gomes, revitalizada, florida e que busca preservar características.

 

Dia histórico amanhã em São Bernardo. O prefeito Orlando Morando entrega a nova Praça Lauro Gomes, transformada em parque, com a revitalização da Fonte Princesa Isabel, “a Redentora”, e um sistema de Segurança necessário nesses tempos de verdadeira convulsão social.

Bancos com a publicidade da época, o parquinho infantil, canteiros, árvores e o busto do emancipador Wallace Simonsen, tudo isso está preservado pela Prefeitura.

E por que, historicamente, é importante cuidar da Praça Lauro Gomes? Porque tudo aconteceu – e acontece – neste espaço.

 

NASCE O MUNICÍPIO

Na praça e arredores funcionaram duas indústrias históricas, uma de beneficiamento de chá, outra de seda, que até participou de exposição em Montevideo no início do século 20.

Naquele tempo, a Praça Lauro Gomes tinha o nome de Largo do Governo, criado a partir da compra da Fazenda do Bonilha pelo governo imperial.

Num casarão da Marechal Deodoro com Tenente Sales funcionou a Hospedaria dos Imigrantes. E nele foi instalado o município de São Bernardo, em 1890, início da República – e São Bernardo foi um dos primeiros municípios da Velha República brasileira.

No exato ponto onde está a Fonte Princesa Isabel, “a Redentora”, existiu o campo de futebol do Palestra, dos grandes dérbis municipais com o Esporte (EC São Bernardo); e regionais, com Primeiro de Maio, Corinthians, São Caetano, Industrial de Mauá e Ribeirão Pires.

 

TRAVESSA PALESTRA

Anos atrás, o esportista Cyro Cassettari comentou com Memória que só os batateiros antigos lembram que ali foi uma praça de esportes, inclusive com quadra de basquetebol. “Por que não colocar na praça uma placa, pequenina, modesta, com a informação de que aqui foi o campo do Palestra?”, sugeria Cyro.

Vejam a foto. Observem a fonte. À direita, há uma interligação entre as ruas Marechal Deodoro e Marechal Rondon, começando na Casa Kioto. A travessa ainda existe.

Em 30 de novembro último, o prefeito Morando comentou, de público, durante o aniversário do 74º aniversário da emancipação político-administrativa de São Bernardo, que esta travessa não tem nome. E pediu sugestões.

Damos a nossa, alicerçados em mestre Cyro Cassettari: Travessa Palestra de São Bernardo – até torcida organizada, feminina e uniformizada, tinha o Palestra.

 

FUTEBOL SOCIAL

Estações do Metrô têm os nomes de Corinthians, Palmeiras, Portuguesa. Prefeito Morando, vamos homenagear nossos clubes mais antigos. Começamos pelo Palestra. Vamos pensar no Vila Baeta FC, que em 2018 celebrará 80 anos. No próprio EC São Bernardo. No Meninos, que preservou um nome histórico quando o próprio bairro trocou de nome, passando a se chamar Rudge Ramos. E assim por diante.

Salve, salve, a nova Praça Lauro Gomes. Salve, salve, líderes autonomistas. Um brado retumbante a Aldino Pinotti, que construiu a Fonte Princesa Isabel, “A Redentora”, em 1957.

As fontes enfeitam as grandes cidades mundiais. A de São Bernardo é uma das maiores. Não fica nada a dever às fontes e aos chafarizes internacionais. Mesmo porque, ela fica na nossa cidade. E está completando 60 anos de história. Revitalizada.

 

Diário há 30 anos

Sábado, 19 de dezembro de 1987 – ano 30, edição 6629

Manchete – Sarney não cede e Bresser se demite. A causa foi o pacote econômico

Diadema – Prefeito Gilson Menezes contrata irmão e amigo e paga 360 mil cruzados. São os marajás da cidade.

Memória – Fogo no caminhão de lixo na Avenida Atlântica, em flagrante colhido por Vangelista Bazani, o Gili.

Ideias/Livros – Natal, sim ou não às ilusões? Artigo da professora Sandra Lúcia Reimão, da Faculdade de Comunicação Social do Instituto Metodista de Ensino Superior.

Crônicas paulistas do início do século. Artigo do professor Nelson Zanotti.

Polícia – Alerta para o golpe da pirâmide, uma reedição das famosas correntes que sempre surgem em momentos de crise econômica.

 

Em 19 de dezembro de...

1917 – Falta de chuvas no planalto paulista. Mesmo assim, um observatório montado em Paranapiacaba registra 265,5 milímetros de chuvas em dez dias, o melhor entre os demais observatórios.

Na Estação Rio Grande (hoje ‘da Serra’), o lenhador Luiz Faria é picado por uma cobra e é atendido em São Paulo.

Na Vila de São Bernardo, o torneiro José Tonsaro Filho fratura o polegar ao ser atingido pela máquina em que trabalhava numa oficina. Foi internado na Santa Casa de São Paulo.

Nota – Há 100 anos, trabalho rural no Rio Grande, trabalho industrial em São Bernardo. Acidentes do trabalho. O Grande ABC buscava sua identidade econômica.

1926 – Valter Gallo nasce em Ribeirão Pires. Estuda a história da cidade. Mantém em sua casa o Museu do Rádio e do Disco.

1972 – Coral da Fundação Santo André estreia no Teatro Municipal. Na regência, Tibor Reisner.

 

Santos do Dia

Urbano V

Téia

Dário

Paulino

 

Municípios Brasileiros

Celebram aniversários em 19 de dezembro

Em São Paulo, Maracaí e Santa Lúcia

Na Paraíba, Arara e Gurinhém

Em Minas Gerais, Araxá

Em Santa Catarina, Armazém, Garopaba, Lebon Régis, Rio dos Cedros e Siderópolis

No Paraná, Barra do Jacaré e Lunardelli

o Mato Grosso, Canabrava do Norte, Nova Guarita, Nova Marilândia, Nova Ubiratã, Querência e Santa Carmem

No Amazonas, Careiro, Itamarati, Japurá, Juruá, Nova Olinda do Norte, Novo Airão, Novo Aripuanã e Tapauã

No Rio Grande do Norte, Coronel João Pessoa e Rafael Godeiro

No Tocantins, Ipueiras e Lavandeira

Na Bahia, Nilo Peçanha e Serra Preta

No Rio Grande do Sul, Santa Vitória do Palmar

No Piauí, São João da Serra

No Maranhão, Tasso Fragoso

Fonte: IBGE

 

FALECIMENTO

DORA BARRETO DE SOUZA

(São Paulo, Mooca, 26-10-1922 – Santo André, 8-12-2017)

Descendente de italianos – seu sobrenome de solteira era Martignoni –, a pequena Dora veio com os pais para Santo André fugindo da Revolução de 1924. Adotou Santo André. Forma-se em contabilidade e, com a instalação da Câmara Municipal de Santo André, em 1948, presta concurso e é admitida como uma das primeiras funcionárias. Aposenta-se no Legislativo como chefe do Serviço de Comunicações.

Em 1955 conhece o tecelão Pedro Barreto de Souza, natural de Santa Inês (Bahia). Casam-se no ano seguinte. Uma convivência de 40 anos. Dona Dora era viúva desde 1995.

Ela parte aos 95 anos. Residia na Vila Alpina, em Santo André. Deixa os filhos Jurema e Nilton. Está sepultada no Memorial Jardim Santo André.




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