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Engenheiro de produção cuida também de pessoas
Por Camila Galvez
Do Diário do Grande ABC
22/08/2011 | 07:04
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O engenheiro de produção é necessário em toda empresa que pretende otimizar processos produtivos. É ele o responsável por gerenciar os recursos financeiros, materiais e humanos da organização. A profissão tem espaço garantido no futuro, pois cada vez será mais necessário que as companhias encontrem a melhor maneira de produzir, tanto para garantir a lucratividade quanto para manter funcionários motivados e com saúde.

Conforme o professor do Instituto Mauá Antonio Carlos Dantas Cabral, 60 anos, o curso é relativamente novo no País: tem cerca de 20 anos. Cabral se formou em Engenharia de Alimentos e direcionou sua carreira no doutorado. "A diferença deste ramo da engenharia é que o profissional tem uma visão sistêmica e humanista dos processos produtivos."

Segundo Cabral, que atuou em empresas de vários setores, o estudante consegue se colocar no mercado ainda na graduação. "Dos 120 alunos para quem leciono neste ano, só um está sem estágio." O salário de um recém-formado é de aproximadamente R$ 3.000.

Por ter uma formação que abrange tanto a área técnica quanto administrativa, o mercado de trabalho ultrapassa a indústria. O engenheiro pode ser contratado por bancos para montar carteiras de investimentos, e também encontra oportunidades em empresas prestadoras de serviços, onde pode gerenciar a seleção de pessoal, definir funções e planejar escalas de trabalho.

Formado há um ano, Bruno de Almeida Perez, 23, sempre soube que escolheria uma profissão ligada à matemática, sua paixão. No último ano da graduação, o jovem foi selecionado para processo de trainee. Hoje, atua no setor de logística de transporte de laranja. "Conheci a engenharia de produção com a ajuda dos guias para estudantes e em conversas com alunos. Como tinha dúvida entre engenharia e administração, vi que a escolha era ideal, pois une as duas coisas."

MULHERES

Diferentemente das outras engenharias, a de produção acaba por atrair mais mulheres exatamente por ter esta visão humanista dos processos. Caso da estudante Jenifer Monte Vasconcelos, 19, que ingressou na graduação no ano passado e está no mercado já como profissional. "Meu pai trabalha em fábrica há 35 anos, então fez um bom trabalho de marketing sobre o setor."

A rotina de Jenifer fica entre o planejamento e o contato direto com a produção. Faz parte do trabalho ir até a fábrica, observar a infraestrutura, ergonomia, fluxo de processo, possíveis melhorias e ganhos de tempo para a produção.

Colega de Jenifer, Luciana dos Santos Vieira, 25, queria ser professora, mas descobriu a engenharia de produção no curso técnico. "O essencial é nunca parar de estudar. Terminar a graduação e se especializar. É preciso conhecer novas línguas, atualizar-se com livros, artigos e trabalhar, pois a experiência conta muito."




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