A participação na vida pública não traz benefícios só para a comunidade, mas também para o presente e futuro dos próprios jovens engajados, segundo Silvio Kaloustian, coordenador do Unicef. Ao trabalhar pelo bem de todos, eles desenvolvem habilidades especiais. E, quando isso acontece em classes menos favorecidas, tem-se a oportunidade de quebrar o ciclo da pobreza, transmitida de uma geração para outra.

Apesar de ainda não ser fator decisivo na hora da contratação, as empresas veem com bons olhos os funcionários envolvidos com causas sociais e voluntariado. Em geral, o comportamento deles se destaca no ambiente de trabalho. "Têm consciência da realidade, são persistentes e sabem trabalhar em equipe", afirma Daniela Ribeiro gerente da divisão de Engenharia da Robert Half.

A especialista conta que, cada vez mais, as empresas exigem que o profissional consiga melhores resultados com menos recursos. Assim, quem já se mobiliza pela comunidade, e conhece os desafios e dificuldades nesse tipo de atividade, está mais preparado para enfrentar essa realidade.

Mas, por enquanto, essa galera não está preocupada com isso. "Faz bem para o espírito. Fico feliz e me sinto útil em saber que minhas atitudes ajudam outras pessoas", diz Thamires Barbara de Sousa.