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Pluralidade de arte e alma

Anna Tréa, de Diadema, faz parte da banda do programa ‘Conversa com Bial’ e lança disco

Vinícius Castelli
16/10/2017 | 07:00
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Bianca Kida/Divulgação


Quando a arte faz parte da vida de uma casa e quem a consome pode contar com leque artístico disponível em Centro Cultural público, um universo de possibilidades se abre. E com Anna Tréa não foi diferente. A artista de Diadema, que morou em São Bernardo e estudou na Fundação das Artes, em São Caetano, tem lembranças de música em sua vida desde sempre.

Seu pai, Jair Rhuys, um artista plástico, escutava new wave e world music quando Anna era pequena. Já a mãe, a culinarista Rosely Nascimento, se encantava por música popular brasileira e também de origem negra. E bastou.

Hoje, aos 30 anos e com 12 de estrada, a artista que faz parte da banda que toca no programa de TV Conversa com Bial – apresentado por Pedro Bial e que pode ser visto na Globo de segunda a sexta após o Jornal da Globo –, lança seu primeiro disco autoral, disponível nas plataformas digitais.

Clareia (R$ 30, em média), trabalho 100% independente, ganha forma ilustrado por 11 temas autorais, apresenta influências musicais brasileiras que se misturam com ritmos do mundo, resultado das sementes plantadas lá atrás. Voz e violão foram gravados juntos, ao vivo, o que deu ao trabalho dinâmica, além de ter deixado tudo mais orgânico.

“Depois eu mesma fui colocando todos os instrumentos”, conta a cantora, que assina todas as canções e arranjos.

“É um disco muito vivo. Quando falei com o produtor (Swami Jr.) disse que queria disco vibrante”, explica. E o álbum, de fato, impressiona, transmite calor e é repleto de sentimentos em canções como Dançando na Luz e Espera. As músicas falam de amar de verdade e são pensadas no que a cantora quer viver e ser. “Falo do cotidiano com olhar do que queremos dele e de quanta vida há nele”, diz.

Em meio aos trabalhos de Clareia – a cantora espera por convites para poder mostrar as novas faixas no Grande ABC – ela vive grande experiência na TV, com Pedro Bial. “Recebi convite, fiz o teste e fui. A dinâmica na televisão é diferente. Gosto muito disso de ajudar a contextualizar algo jornalístico com música”, explica. “Tenho aprendido muito e Bial é muito aberto para escutar nossa opinião sobre as coisas.”

A artista se lembra ainda da importância de ter crescido na região. “Quando comecei a tocar violão, fui no Centro Cultural Canhema (Diadema). Fiz curso de danças, fiz break, tive contato com hip hop. Tudo isso ficou muito em mim”, conta a multi-instrumentista.

Anna decolou. Foi viver o mundo e se lotar de linguagens e experiências. Mas essa influência toda da vivência na região segue forte nela. “Não sei o que colocam na água do Grande ABC, mas tem um lance muito forte de música nesse lugar. A cena (artística) é muito viva e a galera que sai e vai para o mundo é muito legal.”




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