Setecidades Titulo Meio Ambiente
Prefeituras irão apagar as luzes às 20h30

Movimento faz parte da Hora do Planeta; ato tem objetivo de alertar contra problemas ambientais

Por Fábio Munhoz
Do Diário do Grande ABC
23/03/2013 | 07:00
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Às 20h30 de hoje, as prefeituras de quatro das sete cidades da região irão apagar as luzes de prédios públicos ou monumentos. O apagão faz parte da Hora do Planeta, movimento mundial de alerta contra o aquecimento global e mudanças climáticas em geral. Este será o quinto ano consecutivo que o Brasil participa do ato simbólico.

Em Santo André, o prédio da Prefeitura terá lâmpadas desligadas até às 21h30. As exceções serão as iluminações de segurança, que incluem o pátio de estacionamento e os pavimentos térreos de 1 a 3.

O Paço Municipal de São Bernardo também ficará no escuro por 60 minutos. Segundo o Executivo, esta é a quarta vez que a cidade adere ao movimento.

Já Diadema optou por levar o movimento a outros espaços públicos. Ficarão apagados o Monumento em Homenagem aos Migrantes, o Parque Ecológico Fernando Vitor de Araújo Alves e o Jardim Botânico. Ribeirão Pires irá apagar as luzes dos monumentos São José, São José de Inox e Santo Antônio.

A Prefeitura de Mauá não irá aderir ao ato. No entanto, a administração municipal diz ter trocado cerca de 4.000 luminárias antigas, o que reduziu o consumo de energia elétrica. O Executivo informa também que está substituindo lâmpadas de 40 watts pelas de 32 watts no Paço Municipal e no Hospital Nardini.

São Caetano afirmou apenas que não participará da Hora do Planeta, sem detalhar outras ações para reduzir o consumo de eletricidade. Rio Grande da Serra não respondeu.

OUTRAS CIDADES

Em todo o País, 92 municípios - sendo 22 capitais - deverão aderir ao movimento, segundo o instituto WWF Brasil, que organiza o ato. Além de prédios públicos, grandes empresas e lojas prometeram participar.

A Hora do Planeta - conhecida como Earth Hour - foi criada em 2007 como uma ação isolada em Sidney, na Austrália. No ano passado, o manifesto envolveu cerca de 1 bilhão de pessoas em 152 países. Diversos pontos mundiais de turismo foram apagados, como a Torre Eiffel, na França, a Acrópole de Atenas, na Grécia, e a cidade de Las Vegas, nos Estados Unidos, conhecida pela iluminação imponente.

Especialistas elogiam ato, mas cobram ações permanentes

Estudiosos ligados ao meio ambiente elogiam a Hora do Planeta, mas cobram do poder público programas frequentes de sustentabilidade e de conscientização da população.

"A ação é válida como alerta em caráter mundial, ainda mais porque é muito difícil haver um tema que atraia a atenção do planeta como um todo. Mas ela por si só não é suficiente para alterar questões que são necessárias e urgentes, como os padrões de produção e de consumo bastante ruins para a manutenção da vida no planeta", avalia o professor Carlos Henrique Andrade de Oliveira, do curso de Engenharia Ambiental da Universidade Metodista de São Paulo.

Outro ponto destacado pelo especialista é o fato de que a iniciativa pode resgatar a convivência familiar. "Ficar sem luz, sem televisão e sem computador pode resgatar o convívio social."

Para o professor da FSA (Fundação Santo André) Murilo Valle, também do curso de Engenharia Ambiental, o ato irá gerar efeitos positivos se despertar na população a preocupação real com o meio ambiente. "A sociedade tem que cobrar políticas públicas em prol da economia de energia", ressalta.

A baixa adesão dos brasileiros a eventos como esse, analisa Valle, é relacionada à falta de educação ambiental. "O nível de informação das pessoas é muito baixo. A maioria desconhece esse tipo de data, mesmo quando diz respeito a outros temas, como o Dia do Idoso, por exemplo."




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