"Está comprovado que Gao Zhan recebeu comissões de agências de inteligência estrangeiras e recursos para realizar atividades de espionagem na China", declarou Sun à imprensa. "Confessou. Os serviços administrativos afetados fazem a investigação de acordo com a lei", adiantou, sem precisar que país havia sido beneficiado com os serviços da socióloga. Gao, que está à espera de obter a nacionalidade americana, é professora na American University de Washington.

Seu filho, de cinco anos e de nacionalidade norte-americana, esteve preso em segredo durante quase um mês depois de ter sido detido junto com seus pais no aeroporto de Pequim, quando a família ia voltar para sua residência em Washington. O menino foi finalmente entregue a seu pai e enviado de volta aos Estados Unidos no início de março, após 26 dias de detenção.

Apesar do acordo consular, que estabelece que a embaixada dos Estados Unidos deve ser avisada em um prazo de quatro dias da detenção de um de seus cidadãos, a polícia chinesa não comunicou sua detenção em Washington, que protestou ante Pequim e exigiu a libertação de Gao.

Sun assinalou que Pequim rechaçava os protestos norte-americanos e afirmou mais uma vez que o menino, afastado de seus pais e privado de todo contato com sua família chinesa, não esteve detido. "Após obter a concordância de seus pais, o garoto Andrew Xue foi entregue a uma escola de Pequim. A escola se ocupou dele com o maior cuidado e Andrew viveu ali como os outros meninos", explicou.

A China assegurou na semana passada que Gao era suspeita de atividades contra a segurança do Estado chinês. Seu marido, Xue Donghua, desmentiu que sua mulher se dedicasse a essas atividades e adiantou que suas tarefas estavam inteiramente relacionadas com suas pesquisas universitárias.