Moradores de Diadema em 1915: João Francisco Gava, Francisco Piranga, João Piranga, Antonio Piranga, Canta Galo, Sales, Angioletti, Joaquim Firmino, Viana, Belarmino e Benedito.

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Em 26 de abril deste 2010, João Gava completou 97 anos, devidamente registrados aqui em Memória. O velho marceneiro de São Bernardo hoje reside em Santos, mas permanece em plena atividade, profissional e intelectual.

João Gava, quase centenário, aceita encomendas para trabalhos caseiros no ramo da marcenaria; e nos momentos de folga faz memória. Coloca no papel lembranças da infância e juventude, ora vividas em Diadema, para onde mudou ainda bebê; ora em São Bernardo, Centro, onde tornou-se adulto.

Uma família numerosa os Gava: nove irmãos, filhos de João Francisco Gava e Maria Zamengo, brasileiros, filhos de italianos. Os Gava e os Zamengo vieram para o Brasil como imigrantes no mesmo navio.

Depoimento de João Gava: "Meu avô, Santo Gava, tinha mais dois irmãos quando chegaram da Itália. Ele não soube onde eles foram parar. Nunca mais se teve notícia do paradeiro. Sei que existem mais de 30 Gava em São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto. Não sei se são parentes meus".

Com sua letra bem desenhada, João Gava envia notícias. A nova fornada começa a ser publicada hoje em Memória, em crônicas ligeiras que se revezarão com as dos nossos outros repórteres, Aida Arnoni Bressan, de Ribeirão Pires (em memória) e Benjamin Versolato, 80 anos, contemporâneo mais novo de João Gava.

Crônica de Diadema
Texto: João Gava
Noventa e seis anos atrás nós fomos morar em Diadema. Tinha eu um ano e meio de idade e minha família deixou Rudge Ramos. Nem Diadema, nem Rudge Ramos tinham esses nomes. Rudge Ramos era o bairro dos Meninos; Diadema nem sei como se chamava. O Centro alguns anos depois iria ser loteado com o nome de Vila Conceição.

Nossa casa era um rancho com paredes de barro e coberto de sapé. A mata ao redor era virgem, povoada por animais silvestres. O trabalho de meu pai era o de carvoeiro. Em 1914, 1915, o mato rareava em Rudge Ramos, daí a procura de pontos mais distantes. Imagino que chegamos até Diadema trilhando a Rua do Sacramento e caminhando em direção aos lados de Santo Amaro. Demoraria mais 30 anos para a construção da Via Anchieta.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Sexta-feira, 10 de outubro de 1980

Manchete - Figueiredo (presidente da República) defende em Santiago união do Terceiro Mundo.
Editorial - Capitais entre o voto e a nomeação.
Primeiro plano (Eduardo Camargo) - Questão salarial está de volta.
Diadema - DER depende de verba para alargar trecho da SP-180.
Santo André - Escola Senai celebra 30 anos.
Teatro - Alunos da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Santo André encenam Vida e Morte Severina, de João Cabral de Melo Neto.
Música - Clementina de Jesus no Cacilda Becker, em S. Bernardo.

EM 10 DE OUTUBRO DE...

1970 - Prefeito Evandro Esquivel inaugura pavimentação das Ruas das Perobas, da Escola, Arthur Reidel e Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, no bairro de Eldorado.

Trabalhadores
Nasce em 10 de outubro:
1910 - Antonio de Almeida. Natural de Tambaú. Destilador da Rhodia. Residia à Rua Paula Souza, 18.
Fonte: 1º livro geral de registro dos associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

MUNICÍPIOS PAULISTAS

- Cerqueira César. Elevado a município em 10 de outubro de 1917, quando se separa de Avaré.
- Laranjal Paulista. Elevado a município em 10 de outubro de 1917, quando se separa de Tietê.
- Iracemápolis. Fundado em 1890. Torna-se município em 1954, quando se separa de Limeira.

HOJE

Dia da Honestidade, Dia do Empresário Brasileiro, Dia da Luta da Mulher contra a Violência, Dia Mundial do Lions Clube e Dia Mundial da Saúde Mental.

SANTOS DO DIA

Daniel Comboni (bispo), Francisco de Bórgia (ou Borja), Gereão, Leão Magno e Paulino de York.

Dia do Círio de Nossa Senhora de Nazaré.
Na estampa, São Francisco Borja. Espanhol nascido em Gândia (Valença) no ano 1510. Participou de missões evangelizadoras, inclusive na América Latina.
Crédito da estampa: acervo Vangelista Bazani (Gili) e João de Deus Martinez.

Falecimento

ANNA JOSEPHA SANCHES SCANDOLARI
(Ribeirão Preto, SP, 22-3-1919 - Santo André 21-9-2010)

O café já não era o produto básico da economia de Ribeirão Preto. A lavoura diversifica-se. Plantava-se algodão, por exemplo. E as cidades maiores à Leste do Estado de São Paulo, como as do nosso Grande ABC, passavam a ser uma atração à gente do Interior, mesmo que os políticos já tratassem do tema interiorização.

E foi neste cenário que a família Sanches Scandolari deixou a Fazenda Piraju para vir ao Parque das Nações. Uma história que em 28 de outubro próximo completará 45 anos.

Aqui já residia o casal Luzia e Laureano, na mesma Rua Pérsia. Os tios acolheram, primeiro, Maria Magdalena, a primeira filha do casal Guido Scandolari e Anna Josepha Sanches. Por fim, veio o casal e os demais filhos, João Emilio, Dalva, Rosa, Elza e Cleusa. Laureano e Luzia vivem hoje em Bauru, mas os sobrinhos fixaram-se em Santo André, cada qual seguindo sua carreira profissional.

Dona Anna, a matriarca, sempre foi uma mulher do lar. Calma, cuidava da casa, ficando bem na dela, conta a terceira filha, Dalva, que se aposentou na Rhodia Têxtil. E até o fim, dona Anna manteve a lucidez, partindo aos 91 anos e sendo sepultada com o marido Guido - que faleceu há 18 anos - no Cemitério do Curuçá. Dona Anna deixa os filhos, sete netos e quatro bisnetos. AM

SANTO ANDRÉ
Ruth Mensinger, 75. Natural de São Paulo. Dia 6. Cemitério Phoenix.

SÃO BERNARDO
Elza Cardoso de Mattos Corsino, 88. Natural de Barretos (SP). Dia 5. Cemitério dos Casa.
Idalina Soares de Oliveira, 76. Natural de Bariri (SP). Dia 5. Cemitério de Itapecerica da Serra (SP).
Idalina Ferreira dos Santos, 74. Natural de Açucena (MG). Dia 5. Cemitério Jardim da Colina.
Capolupo Pompeu, 69. Natural da Itália. Dia 4. Cemitério da Vila Alpina, Capital.
Deijanir Rocha Gonçalves, 66. Natural de Boa Nova (BA). Dia 4. Cemitério Jardim da Colina.