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Bachelet pede unidade à coalizão governista
Por Da AFP
11/03/2007 | 19:57
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A presidente do Chile, Michelle Bachelet, 55 anos, pediu união à coalizão governista, ao completar neste domingo um ano à frente do governo. A chefe de Estado falou a 500 convidados presentes, entre ministros e ex-funcionários da coalizão, que governa o país desde 1990.

"O país quer nos ver unidos, porque, assim, temos feito muito", enfatizou a presidente, no ato de comemoração do aniversário, que coincide com um dos momentos mais críticos da aliança governista.

Numa tribuna especial, estavam os três ex-presidentes da aliança: os democratas cristãos Patricio Aylwin (1990-1994) e Eduardo Frei (1994-2000) e o socialista Ricardo Lagos (2000-2006).

A presidente dirigiu seu breve discurso pela unidade da coalizão, esquivando-se das críticas de dirigentes governistas segundo as quais ela se mantém distante dos quatro partidos de centro esquerda que a compõem: Democracia Cristã, Partido pela Democracia, Partido Socialista e o Radical Social Democrata.

Entre os principais desafios de seus próximos três anos na presidência está o de mediar as grandes disputas internas da Concertação, segundo analistas.

A coalizão governista se viu enfraquecida no segundo semestre de 2006, quando uma denúncia de corrupção envolveu alguns de seus membros, após a descoberta de desvio de verbas de um escritório estatal de incentivo ao esporte.

A presidente se manteve afastada do escândalo, mas disse que não toleraria nenhuma forma de corrupção e que a investigação seria levada até as últimas conseqüências. Antes do ato de comemoração do aniversário de um ano, Bachelet visitou a cidade de Concepción, a 500 km de Santiago, onde inaugurou um hospital.

No local, fez um balanço mais pessoal de seu primeiro ano de governo e defendeu seu estilo, "mais amável e participativo que o de seus antecessores". "Foram 12 meses durante os quais deixamos bem claro para todos aonde queremos chegar. Alguns se confundiram e pensaram que dialogar era uma fraqueza e que abrir espaços de participação era perder capacidade de decisão", reconheceu a presidente.

"Este tem sido um governo com propósitos e também de resoluções, que sabe dialogar, mas que sabe decidir; um governo participativo, mas com capacidade de resposta, porque é isto que o povo está nos pedindo; que dialoguemos, mas que tomemos decisões e avancemos", acrescentou Bachelet.

Em seu discurso no Palácio de La Moneda, a presidente enumerou também as principais obras de seu primeiro ano, como a adoção de políticas sociais e construção de casas populares.

Concentrada quase que exclusivamente nas políticas sociais, a presidente conseguiu manter seu nível de aprovação em torno dos 50%, segundo pesquisas recentes, o que representa apenas uma pequena queda em relação ao número de eleitores que a apoiou nas urnas.




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