Os 15 bairros de São Caetano ganham a partir da próxima semana mudas de árvores frutíferas de pequeno porte. Serão cinco mil mudas de jabuticabeiras, acerolas, romãzeiras, pitangueiras e uvaias. Estas últimas árvores dão os frutos popularmente conhecidos como uvas japonesas. As mudas serão espalhadas por praças e calçadas da cidade. O projeto faz parte do Programa de Revitalização dos Bairros, de responsabilidade do Desem (Departamento de Serviços Municipais).

De acordo com o diretor da Desem, Dorival Fernandes, a vantagem do plantio desse tipo de árvore vai além da possibilidade de a população aproveitar os frutos ou de atrair pássaros. “Essas árvores têm raiz vertical, ou seja, não detonam calçadas ou invadem casas, simplificando a manutenção”, explica. Ainda de acordo com o diretor, a conservação das calçadas é uma exigência para que a cidade seja plenamente acessível. “Somos cobrados, já que só dessa forma se pode passear com carrinho de bebê ou cadeira de rodas.”

O cenário da cidade já apresenta árvores dos tipos ficus, chorão e pata de vaca, todas de grande porte. Fernandes, do Desem, disse que essas árvores foram plantadas há mais de 30 anos. “Na época, as políticas de planejamento ainda não levavam em consideração a altura dessas árvores. Temos que manter sempre podados os galhos. Somente neste ano, já contamos 1,3 mil podas”, conta.

As árvores frutíferas atingem em média 3 metros. Os fios de alta tensão em São Caetano ficam a aproximadamente 6 metros do chão, segundo Fernandes. O diretor não soube dizer o valor do investimento para implantação do programa.

Corte – O trabalho de plantio chega mais de seis meses depois da polêmica estabelecida com o corte das árvores durante reforma da antiga praça 1º de Maio, hoje rebatizada de praça Prefeito Luiz Olinto Tortorello, morto no ano passado. Uma liminar concedida em dezembro de 2003 proibia o corte de qualquer árvore no local, determinação que foi descumprido pela Prefeitura.

Segundo o diretor do Desem, a praça também receberá novas árvores frutíferas em substituição às antigas ficus. “Mas naquela área teremos um pouco mais de critério. As árvores foram plantadas a uma distância de 1 metro uma da outra, quando o ideal é 5 metros. Os galhos se entrelaçaram uns nos outros e a praça perdeu luminosidade”, justifica.