O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, negou rumores de que tenha pedido demissão do cargo. Rodrigues admitiu, por meio da assessoria, que há uma certa lentidão do governo na tomada de decisões na área agrícola, mas negou que queira deixar o posto de ministro. Receptor das queixas dos empresários do setor, ele ouviu muitas reclamações nas últimas semanas. A primeira delas é sobre o Porto de Paranaguá (PR), principal ponto de escoamento da safra agrícola.

O governo do Paraná proibiu, em 2003, o embarque de soja transgênica pelo porto paranaense. Com a proibição, os exportadores gastam mais com frete para escoar a safra a outros portos, queixa encaminhada pela iniciativa privada ao Palácio do Planalto nesta semana. Os exportadores pedem intervenção federal em Paranaguá. Outro ponto que preocupa representantes do agronegócio e também o Ministério da Agricultura é a greve dos fiscais agropecuários federais. Desde segunda-feira, os fiscais estão parados e não são emitidos certificados de exportação e inspecionados os produtos agrícolas. Uma greve prolongada pode refletir nas exportações do setor, principal item da pauta brasileira, e provocar uma sobreoferta de produtos no mercado interno.