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Precatorianos de Diadema acusam guardas municipais de agressão
Miriam Gimenes
Especial para o Diário
14/07/2005 | 08:03
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Guardas municipais estão sendo acusados de terem agredido servidores públicos que acamparam na noite de terça-feira na Prefeitura de Diadema, como forma de conseguir audiência com o prefeito José Filippi Júnior (PT) (que está em Paris, com a comitiva do presidente Lula). Duas das vítimas estiveram no 1º Distrito Policial da cidade, na manhã desta quarta-feira, onde foi registrado boletim de ocorrência de abuso de autoridade e lesão corporal. A manifestação dos precatorianos, que culminou com o acampamento na Prefeitura, surgiu porque a administração pública não cumpriu a promessa de pagar as dívidas a partir de 1º de junho. São dois meses de atraso. No acordo, a prefeitura ficou de liberar R$ 170 mil em junho e outros R$ 170 mil em julho.

O mecânico Jerri de Souza, 34 anos, participou do protesto representando seu pai, servidor aposentado e precatoriano. Souza também acampou na prefeitura e, segundo ele, por volta das 22h, os guardas municipais chegaram. "Não houve conversa. Os guardas chegaram batendo o cassetete na parede e expulsando todo mundo. Lá fora um deles me segurou e o outro me deu um soco no nariz." Expulsos das dependências da prefeitura, os 15 manifestantes acionaram a Polícia Militar. "Se tivéssemos ido embora, não teríamos como provar que fomos agredidos", explicou Souza.

Nesta quarta-feira, o delegado Alexandre Luengo abriu o inquérito. "Eles deverão passar por perícia no IML (Instituto Méeico-Legal) para constatar as lesões." O policial requisitará a ficha cadastral da Guarda para identificar os supostos agressores.

Após o registro do boletim de ocorrência, os manifestantes retornaram ao Paço Municipal. Desta vez levaram um caixão, que, segundo eles, representava os 21 servidores que já morreram sem receber o pagamento dos precatórios. O chefe da Comissão dos Precatórios de Diadema, João Carlos dos Santos, afirmou que a manifestação se encerrou no fim da tarde desta quarta-feira. "Voltaremos na semana que vem, assim que o prefeito chegar", disse.

Procurada para esclarecer a denúncia de agressão por parte dos guardas, a prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, alegou que a secretária de Defesa Social, Regina Miki, estava viajando e que a responsável pela Guarda estava de folga.




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