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Família sustenta inocência de Hildebrando
Do Diário do Grande ABC
13/11/1999 | 16:33
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A família Pascoal continua unida como sempre foi e acredita que o ex-deputado Hildebrando Pascoal (PPB), acusado de comandar um grupo de extermínio com tentáculos no narcotráfico, já demonstrou que nao tem nada a temer e que quer provar sua inocência. "Em nenhum momento Hildebrando tentou fugir e você acha que, se ele quisesse realmente fugir, nao teria fugido agora?", pergunta o deputado estadual Cosmoty Pascoal (PPB), irmao de Hildebrando. E responde: "Se quisesse, tinha saído, porque todo mundo aqui é amigo dele, mas nao, ele quer é provar a própria inocência." Cosmoty é uma homem magro, altura bem acima da média local, educado, bom de prosa e simples.

E faz questao de enaltecer a simplicidade, demonstrada logo à entrada da casa em que vive com a mulher e uma das filhas. "E aí, tudo bem?, o que achou da casa de traficante?, pode fotografar tudo o que quiser", disse, com ironia, quando chegou da casa de seu irmao Silas em frente da sua, no humilde bairro 15.

A casa é realmente simples. Feita em madeira, é uma autêntica palafita construída num terreno à beira do Rio Acre. "E num terreno herdado do meu avô, que trabalhou aqui durante mais de 70 anos", explica Cosmoty.

Saga - A saga da família Pascoal começou na década de 20 quando Pedro Pascoal Duarte Pinheiro mudou-se para o Estado regresso de Pernambuco. Aportou em Sena Madureira, município distante 170 quilômetros da capital. Vendia mantimentos para os seringueiros. Evoluiu e montou uma fábrica de gelo. Teve dez filhos. Pela ordem: Miriam Pascoal, médica; Silas Pascoal, sargento reformado da PM; Hildebrando Pascoal, coronel reformado da PM e ex-deputado federal; Itamar Pascoal, sub-tenente da PM assassinado há três anos; Pedro Pascoal, dentista; Cosmoty Pascoal, técnico agrícola e deputado estadual pelo PPB; Sete Pascoal, dentista e funcionário público; Suzy Pascoal, médica; e Diana e Lucas, do segundo casamento.

Cosmoty nao esconde o orgulho ao falar da família. "Trabalhamos muito, progredimos, mas tudo o que temos está aí, a maior parte herdada; nao temos carrao ou ouro para sermos chamados de traficantes, nao", argumenta.

Ele atribui as denúncias a uma perseguiçao política para afastá-los do poder e diz que, se houver justiça, o irmao Hildebrando será considerado inocente.




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