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Medidas tributárias afastam investidor, diz Ermírio
Do Diário do Grande ABC
08/10/1999 | 15:42
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As medidas tributárias adotadas pelo governo para fazer frente ao rombo de R$ 2,4 bilhoes da Previdência, gerado pela decisao do STF em nao permitir a cobrança da contribuiçao dos inativos, foram consideradas nesta sexta-feira, pelo empresário Antonio Ermírio de Moraes, principalmente, no que diz respeito ao Confins sobre a Contribuiçao Social sobre o Lucro Líquido, "como um problema sério para as empresas, onerando seus custos. O Cofins pula de 2% para 3% e só atinge a área produtiva. Muita gente vai acabar repassando os custos nos preços e a inflaçao pode se elevar".

Mas, se Ermírio se mostrou preocupado com a indústria e o aumento do Cofins, o empresário Alvaro Vidigal, ex-presidente da Bolsa de Valores de Sao Paulo, foi enfático na sua análise sobre a influência que o pacote fiscal do governo terá sobre o mercado de capitais: "Ele vai afastar o investidor estrangeiro, que poderá optar por Nova York ou outras partes do mundo para investir. Só nós criamos dificuldades. Os outros facilitam". Ele estimou que os recursos que vem de paraísos fiscais chegam a 9% do volume da Bolsa.

Nesta sexta, o mercado viveu um dia de expectativa com os principais administradores de fundos analisando o impacto das medidas sobre os investimentos nas bolsas de valores.




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