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Indústria petroquímica do Grande ABC aguarda redução do ICMS
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
23/08/2007 | 07:23
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As indústrias petroquímicas do Grande ABC se mantêm em compasso de espera, por uma medida de redução tributária prometida pelo governo do Estado para os produtores de embalagens e peças de plástico na compra de resinas (principal matéria-prima para a produção desses itens) em São Paulo.

A medida esperada seria igualar a alíquota do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) cobrada da indústria paulista (que hoje é de 18% do valor da fatura) com a de outros Estados (nos quais cobra-se 12%), como Rio Grande do Sul e Bahia.

Há poucos dias, o secretário adjunto da Secretaria de Desenvolvimento do Estado, Carlos Pacheco, enviou uma carta ao Consórcio Intermunicipal do Grande ABC (entidade que reúne as sete prefeituras e que apóia a reivindicação do segmento) em que informava que uma medida nesse sentido estava sob análise.

No entanto, no início do ano, o governo estadual já havia se comprometido a analisar o pleito da indústria da região e a dar uma resposta em duas semanas, o que não aconteceu.

A demora é vista com preocupação, já que a diferença de tratamento tributário já tem levado o Estado a perder investimentos e empresas para outras regiões. O setor do plástico é importante nos sete municípios, ao reunir mais de 600 indústrias e em torno de 14 mil empregos, enquanto o Pólo Petroquímico responde sozinho por mais de 60% da arrecadação de ICMS de Mauá.

“Quanto mais tempo leva para sair, mais as empresas daqui estão montando filiais em outros Estados”, afirma o diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Santo André, José Jaime Salgueiro, que também é diretor de uma empresa produtora de peças de plástico para veículos e equipamentos agrícolas.

Ambiente - Em função da desigualdade no tratamento tributário, grandes companhias petroquímicas já revêem planos de investimento no Grande ABC. É o caso do grupo Unipar, controladora da PQU, de Santo André, que já havia anunciado no ano passado a intenção de realizar uma nova ampliação de sua fábrica na região, a partir de 2010, com investimento calculado em US$ 2 bilhões.

O vice-presidente do grupo, Vitor Mallmann, afirmou que o cenário é mais propício para novos investimentos no Rio de Janeiro.



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