Ronaldo desembarcou no Parque São Jorge no já aparente longíquo 12 de dezembro de 2008. Chegou dizendo que seria mais um do bando de loucos, entregou-se à sessão de treinos, emagrecimento e fortalecimento físico quase espartana; andou pulando o muro (como no caso que culminou com a demissão de Antônio Carlos - hoje técnico do São Caetano na Série B do Campeonato Brasileiro - em Presidente Prudente, aceitou a multa, cartilha de Mano Menezes, foi decisivo no Paulista, ajudou na conquista da Copa do Brasil e, agora, quer ser Ronaldo. E ser Ronaldo significa ser tratado como tal.

Após a conquista da competição nacional na semana passada, o atacante conversou informalmente sobre o tema em jantar festivo com dirigentes e o técnico corintiano.

Mesmo sem ter assinado a prorrogação de seu contrato com o Corinthians (que termina em 31 de dezembro), Ronaldo já alinhavou um pré-acordo para ter um 2010 mais "tranquilo."

Entre as resoluções burocráticas, Ronaldo quer mais privacidade e flexibilidade nas concentrações do clube. Além de quarto individual - no primeiro semestre deste ano, dividiu a acomodação com o lateral-esquerdo André Santos -, o atacante acredita que os horários podem ser bem menos rígidos.

Também estão nos planos a manutenção de um cronograma específico de atividades para total recuperação do jogador, que, segue acima do peso, tem preocupação especial em fortalecer as musculaturas dos joelhos.

"Desde que chegou, como todos os jogadores do Corinthians, Ronaldo tem um plano de fisioterapia próprio. Vai continuar, claro. Mas como eu disse desde o início, ele tinha condições de jogar e está cada vez melhor", destacou o médico do Corinthians, Joaquim Grava.

O presidente Andrés Sanchez tratou de minimizar as regalias que o super estrela tem e terá. Segundo o dirigente, "todo mundo sabe que Ronaldo é diferenciado."

"Mesmo assim, ele é o primeiro a chegar. Faz todas as suas obrigações. Ele é f...", afirmou, sem censurar o seu entusiasmo pelo jogador mais caro do grupo.

"Ronaldo se paga, é bom de grupo, é bom de bola...", finalizou o presidente corintiano, deixando claro que está aberto aos pedidos do Fenômeno.