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Arte fermenta espírito comunitário
Por Dojival Filho e Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
27/01/2008 | 07:08
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Jovens do Grande ABC utilizam a arte como ferramenta para expor idéias e modificar positivamente as comunidades onde vivem. Mas não sem um imprescindível ‘empurrãozinho’ resultante da combinação de iniciativas individuais, públicas e privadas.

Na região de Rio Grande da Serra e Paranapiacaba (Santo André), um concurso apoiado pela indústria química Solvay Indupa aproxima estudantes de 13 a 16 anos da produção de curtas-metragens.

O projeto Curta Química e Natureza existe desde 2006 e é coordenado pela empresa andreense de produção cultural Estúdio Brasileiro. Durante o ano letivo, adolescentes são preparados em sala de aula e desenvolvem redações. As melhores viram roteiros para os vídeos.

“Temos o apoio das delegacias de ensino de Santo André e Mauá. Começamos o trabalho com os professores. Das discussões, extraímos os temas que serão trabalhados durante o ano”, diz a coordenadora de comunicação da Solvay Indupa, Lisandre de Assis.

O alvo são os alunos da 8ª série. “Para alguns, esse é o último ano na escola. Eles precisam começar a trabalhar cedo. O projeto apresenta alternativas de formação”, diz o educador ambiental, Daniel Cywinski, coordenador geral do projeto. Os resultados começam a aparecer. Diego Veríssimo Mendes, 16 anos, um dos vencedores de 2006, conquistou estágio na área.

Mosaicos - Em São Caetano, no bairro Prosperidade, o projeto Bairro Escola transforma a paisagem. Orientados por professores voluntários, cerca de 300 alunos de escolas públicas e particulares, com idades entre 7 e 16 anos, produzem mosaicos que revitalizam construções, unidades de ensino e estabelecimentos comerciais.

A iniciativa conta com o apoio das empresas Gerdau e Eucatex, que fornecem as ferramentas e os azulejos. Funcionários cedidos pela Prefeitura preparam os muros para as obras. De acordo com o líder comunitário e coordenador do projeto, André Stábile, os alunos decidem temas e locais que receberão as obras.

A primeira escolha dos participantes foi o muro da Escola Estadual Laura Lopes, onde fizeram três bandeiras nacionais em mosaicos. “As tintas do grafite podem escurecer com a ação do tempo. Os mosaicos que foram feitos agora deverão durar, no mínimo, uns 40 anos. Quando essas crianças envelhecerem, eles estarão aqui”, afirma Stábile. Aprender a trabalhar em equipe, a se expressar e ouvir são outros ganhos apontados.



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