Cultura & Lazer Titulo Viagem ao Centro da Terra
Olhar digital sobre a obra de Júlio Verne

O filme Viagem ao Centro da Terra chega nesta sexta-feira a São Paulo e região também em versão 3D

Ângela Corrêa
Do Diário do Grande ABC
11/07/2008 | 07:00
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Tudo bem que a história de base é clássica, mas não dá para dizer que a estréia Viagem ao Centro da Terra - O Filme, seja uma transposição lá muito ousada da ficção científica de Júlio Verne publicada em 1864. O filme chega nesta sexta-feira a São Paulo e região também em versão 3D, com mais recursos de imagem e de áudio. No Grande ABC, o formato em três dimensões da aventura pode ser conferido no Multiplex Mauá, que acaba de inaugurar sala com suporte digital.

O filme parte da mesma premissa da obra francesa: geólogo e seu sobrinho descobrem documento que aponta o Monte Sneffles, na Islândia, como sendo o portal de acesso ao interior da crosta terrestre.

Mudam, porém, detalhes como a nacionalidade dos heróis. O jovem alemão Axel, que narra a história nas páginas, vira Sean (Josh Hutcherson), enquanto o tio cientista Otto Lidenbrock responde agora por Trevor Anderson (Brendan Fraser).

Anderson vive atormentado pelo desaparecimento do irmão Max, com quem dividia a paixão pela geologia. Sua vida social restringe-se ao contato com os alunos da universidade em que leciona até receber a visita do filho do irmão. Os dois se estranham até descobrirem o tal documento. Se na obra tratava-se de um manuscrito atribuído a alquimista, no filme, dirigido pelo estreante Eric Brevig, um exemplar do próprio romance com anotações de rodapé se torna o mapa das descobertas.

Sean e Trevor partem para a terra do Fogo e do Gelo. Mas não têm idéia de como chegar ao Sneffles, onde Max teria colocado um sensor de terremotos antes de desaparecer dez anos antes.

Nesse ponto, a produção foge mais um pouco do original em nome da manutenção de ingrediente básico hollywoodiano: tensão sexual. Em lugar do caçador Hans, imaginado por Verne, quem guia a dupla é a loira Hannah (Anita Briem).

Durante tempestade, se refugiam em caverna e acabam repetindo a história de que Hannah sempre duvidou: caem quilômetros e quilômetros Terra adentro. Como se não bastassem os encontros com criaturas insólitas, o trio percebe que há atividade vulcânica ao redor.

Três dimensões - Inaugurado no feriado de 9 de julho, com a pré-estréia de Viagem ao Centro da Terra, a sala 3D do Multiplex Mauá coloca a cidade como o quinto ponto no Brasil a dispor da tecnologia que faz com que o público se sinta parte da ação.

O suporte 3D é o Dolby, que não exigiu adaptações no espaço físico da sala, que dispõe de 307 lugares. Para o público, a única diferença é o preço do ingresso - que fica até R$ 3 mais caro, dependendo do dia e horário da sessão. O aluguel dos óculos pelo qual os efeitos visuais são percebidos também é à parte: R$ 2. A sala também pode exibir filmes no formato antigo. A Cinematográfica Araújo, que administra o Multiplex, investiu US$ 450 mil no aparato digital, que, na prática, é um HD no qual se programam as exibições.




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