Setecidades Titulo Catástrofe
Empresa simula vazamento de gás

Ação da Brasken envolve 600 moradores do Jardim Sônia Maria, em Mauá

Angela Martins
Do Diário do Grande ABC
06/12/2011 | 07:00
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A Braskem, uma das empresas que formam o Polo Petroquímico do Grande ABC, localizado na divisa entre Santo André e Mauá, fará hoje, das 14h às 16h, exercício simulado de emergência. O local escolhido é o Jardim Sônia Maria, em Mauá, e envolverá 600 pessoas da comunidade, que terão de evacuar suas casas. O cenário será o vazamento de gás de cozinha.
De acordo com a organização, o principal objetivo é avaliar a resposta da população, das indústrias - nesse caso, da Braskem - e do poder público a uma situação limite, como suposto vazamento de produtos e como contê-lo o mais rápido possível. Após o início da simulação de vazamento, serão realizados os acionamentos da brigada interna, do Plano de Auxílio Mútuo, órgãos públicos, aviso à comunidade; acionamento do alarme de abandono da planta, combate à emergência, alarme de final de emergência e retomada das atividades normais.

Segundo o plano de análise de risco, a comunidade residente nas proximidades da empresa deverá deslocar-se da região em que o simulado terá início até o ponto de encontro determinado, conforme os procedimentos e as rotas já definidas no Programa SMS, desenvolvido pela Apolo. O processo de evacuação deve durar em torno de uma hora.

"Esta é a primeira vez que a Braskem fará simulação com evacuação na unidade de Capuava. As chances reais de vazamento são muito baixas, mas não nulas. Seguimos todos os quesitos de segurança para não ocorrer problemas como esse e até hoje não há registro de evacuações da comunidade do entorno na história do Polo Petroquímico. No entanto, temos de estar preparados para qualquer tipo de vazamento", avisa o gerente de saúde, segurança e meio ambiente das unidades de insumos básicos do Sudeste, Carlos Alfano.

EFETIVOS

O simulado conta com o apoio do Corpo de Bombeiros, Samu, Polícia Militar, Guarda Municipal de Mauá, Departamento de Trânsito, Defesa Civil, Cetesb e PAM (Plano de Auxílio Mútuo). Cada entidade desenvolverá um papel diferente durante a ação.

O Corpo de Bombeiros instalará posto de comando na Rua Oscarito para coordenar as ações e a Guarda Civil auxiliará nas interdições das ruas junto com o Departamento de Trânsito, que disponibilizará viaturas e efetivo para o fechamento das vias públicas. As ruas envolvidas no simulado são Augusto Calheiros, Carmem Miranda, Miguel Couto e Jorge da Silva, mas haverá bloqueios também nos acessos das ruas Zequinha de Abreu, Noel Rosa, Vicente Celestino e Francisco Alves.

Todo efetivo da fábrica da Braskem estará envolvida no simulado, ou seja, aproximadamente 1.500 pessoas entre terceiros e integrantes. Serão 25 brigadistas (operadores, técnicos de segurança, segurança patrimonial), 34 coordenadores de evasão, 15 avaliadores e 16 membros do PAM, que estarão envolvidos diretamente nas ações de combate. Os demais farão exercício de abandono de fábrica e se concentrarão nos pontos de encontro da unidade.

Em 2001 e 2003, as empresas do Polo Petroquímico também realizaram simulados, mas sobre incêndios. As ações visavam divulgar a campanha Não Solte Balões - Soltar Balão é Crime.




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