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Famílias recebem escritura de casas

Projeto habitacional beneficia 700 pessoas que vivem no Baeta Neves, em São Bernardo

Por Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
27/07/2014 | 07:00
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Claudinei Plaza/DGABC


Noventa e cinco famílias receberam, na manhã de ontem, o título de propriedade das casas populares do Conjunto Residencial Salvador Arena, no bairro Baeta Neves, em São Bernardo. Até 2008, o terreno, que comportava córrego a céu aberto, era ocupado pelos moradores de maneira irregular. Hoje, 166 famílias (aproximadamente 700 pessoas) vivem na área, segundo estimativa da Prefeitura de São Bernardo.

O Projeto Habitacional Itatiba é iniciativa da Fundação Salvador Arena, que se responsabilizou pela construção das 166 unidades habitacionais e do centro comunitário, além do acompanhamento técnico da obra. Cada imóvel tem 50 metros quadrados, com dois dormitórios, sala, cozinha, banheiro e área de serviço.

De acordo com o diretor executivo da Fundação Salvador Arena, Luis Carlos Rabello, o início da parceria com a Prefeitura aconteceu por causa da procura dos moradores. “Havia necessidade urgente de moradias nesta área. Então, a fundação se comprometeu com a edificação e investiu R$ 6,7 milhões.”

Além da construção, a instituição também realizou programa de pós-ocupação junto aos moradores. “Foram dados cursos de capacitação profissional e orientação sobre o mercado de trabalho, ou seja, não foi só a construção. Trabalhamos para que essas pessoas tenham infraestrutura e consigam bom emprego também”, explicou Rabello.

A Prefeitura ficou responsável pela pré-ocupação, canalização do esgoto, instalação de rede pública e pavimentação do local. A contrapartida foi de R$ 3,4 milhões.

Apesar dos benefícios do projeto, dez famílias optaram por continuar morando nas habitações em estado de posse. Segundo a secretária de Habitação de São Bernardo, Tássia Regina, os moradores podem optar entre a posse e a compra do terreno. “Sessenta e uma famílias ainda não fizeram a escolha, o que é extremamente necessário. Mas acredito que eles farão isso. Também lembramos que quem optou por continuar empossado, não vai ter a sua casa tomada pela Prefeitura”, esclareceu.

O valor dos terrenos varia de acordo com a renda familiar e pode ser pago em até dois anos. Para quem recebe um salário mínimo (R$ 724), por exemplo, a área saiu por R$ 1.200, podendo dividir em até 24 parcelas de R$ 56.

O aposentado Erocides Pereira, 52 anos, foi um dos primeiros a receber o documento e pegar os boletos a serem pagos. “Depois de 40 anos vivendo de forma irregular no terreno, vou poder ter a minha própria casa. É grande alegria.”

Já o faxineiro Aristides Gonçalves de Fontes, 49, resolveu continuar com a posse. “Só fiz essa escolha porque estou sem emprego. Mas assim que arrumar alguma coisa, quero me tornar dono da minha casa.”
 




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