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BC lança notas de R$ 10 e R$ 20

Novas cédulas começam a circular na próxima semana;
antigas seguem valendo e a substituição será gradativa

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
21/07/2012 | 07:13
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No ano em que o real completou a maioridade, o presidente do BC (Banco Central), Alexandre Tombini, lançará mais duas cédulas da família de notas. Na segunda-feira, entram em circulação os valores de R$ 10 e R$ 20. As cédulas de R$ 50 e R$ 100 já estão nas mãos da população, conforme determinação, de 2010, do CMN (Conselho Monetário Nacional).

A substituição das antigas pelas novas será gradativa, como vem ocorrendo com os valores de R$ 50 e R$ 100. Portanto, quem mantém notas de R$ 10 e R$ 20 da primeira família não tem com o que se preocupar, pois elas continuam valendo.

As principais mudanças serão de estética, tamanhos e características de segurança. A representante dos R$ 10, a arara, continuará estampada, mas com novos traços. O mesmo ocorrerá com o mico-leão-dourado nos R$ 20.

Agora, quanto maior o valor monetário da nota, maior o tamanho do papel. Este padrão tem como um dos principais objetivos contribuir para que os deficientes visuais identifiquem as cédulas. A nota de R$ 20 será menor do que a de R$ 50 e terá 14,2 centímetros de altura por 7 cm de largura. Seguindo o padrão, a de R$ 10 terá 13,5 cm de altura por 6,5 cm de largura.

Segundo o BC, o desenvolvimento da segunda família de cédulas do real teve início em 2003. E, como ocorreu com a maioria das moedas brasileiras, a CMB (Casa da Moeda do Brasil) é a responsável pela fabricação. A previsão para o lançamento das notas de R$ 2 e R$ 5 da segunda família é apontada para 2013, informa o BC. Como é perceptível hoje, R$ 1 será distribuído apenas em moeda de metal, que segundo a autoridade monetária, tem maior durabilidade.

A produção das novas cédulas é, aproximadamente, 35% mais cara em relação à fabricação das notas da primeira família. A autarquia monetária afirma que isso ocorre devido aos novos processos de impressão de características de segurança.

O BC ainda não informou o valor exato de custo das notas de R$ 10 e R$ 20. Mas o governo tem gasto R$ 238,27 a cada mil cédulas de R$ 50, contra R$ 180,48 da produção das antigas. E R$ 247,51, na mesma quantidade, para as notas de R$ 100, contra R$ 180,48 da primeira família.

Entre os principais pontos de segurança das notas está a faixa holográfica, que é composta por vários desenhos descontínuos que proporcionam efeitos visuais de alternância de cores e formas quando as cédulas são movimentadas. Também a marca d'água, ilustrando o valor da nota, a imagem do animal e o número escondido, que aparece quando a cédula está em na posição horizontal na altura dos olhos.

Apesar de implementar novas tecnologias de segurança, as notas de R$ 100 da segunda família já foram falsificadas e utilizadas no Grande ABC. Em abril do ano passado, alguns meses após o lançamento, suspeitos compraram em estabelecimentos de alimentação da região com as cédulas falsas se aproveitando, na época, do pouco conhecimento da população sobre os elementos de segurança da nota.

 




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