Economia Titulo Educação financeira
Reduza despesas
com pequenas
ações cotidianas

Corte nos excessos das contas de luz ou água e nas compras garantem economia de até 30% no orçamento

Por Yara Ferraz
Especial para o Diário
28/07/2013 | 07:00
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Divulgação


 Reduzir as despesas familiares, especialmente em tempos de inflação alta, é um dos principais desafios dos brasileiros. Especialistas garantem que entre 20% e 30% do orçamento familiar pode ser diminuído com ações simples. O educador financeiro e escritor de livros como Terapia Financeira e Livre-se das Dívidas, Reinaldo Domingos, destaca que até 30% das despesas são com gastos supérfluos. “Esse número corresponde, na maioria das vezes, ao excesso nas despesas essenciais – como água, luz, e telefone – e também em algumas compras – como mais um sapato, mais um eletrônico – só para melhorar o ego.”

Na hora de decidir sobre a compra de algum produto, é necessário refletir sobre a importância dele. “Isso agrega o quê de valor para mim? Preciso disso?”, questionou. “Em relação à renda, é bom se perguntar: se você não recebesse mais o seu ganho mensal, por quanto tempo você conseguiria manter o seu padrão de vida?”

Para o educador financeiro e um dos fundadores da Academia do Dinheiro, Mauro Calil, sempre tem onde economizar. “Aquele cafezinho e o pão de queijo da faculdade, você pode tomar em casa. Pode ser também a cervejinha a mais, ou o sapato que compra para ir a um casamento e nunca mais usa. Todo mundo sabe onde salvar o dinheiro.”

O economista e autor do livro Tranquilidade Financeira, Humberto Veiga, também acredita que há a possibilidade de economizar com pequenas ações, desde usar lâmpadas de baixo consumo a não deixar equipamentos elétricos ligados por muito tempo. “Verifique a resistência adequada para o seu chuveiro elétrico e cuidado com a quantidade de lâmpadas. Muitas vezes os interruptores são próximos e tendemos a acendê-los todos de uma vez.”

 

SITUAÇÕES FINANCEIRAS - Especialistas explicam que a população está dividida em três situações financeiras. Há quem esteja na de investidor – aquele que não tem dívidas ou possui poucas e tem dinheiro reservado para presentes em datas comemorativas ou emergências. Mas, essa é a realidade de um pequeno grupo. “É um modelo que todos deveriam seguir, porém não chega a 5% da população”, contabilizou Domingos.

A outra situação é a de equilíbrio financeiro – aquele que gasta tudo o que ganha e não fica com nada no fim do mês para investir. E por último está o endividado, que pode ser considerado controlado ou não, dependendo do volume das dívidas e inadimplência.

Para não cair nessa armadilha, a principal recomendação é tomar cuidado para não comprar mais do que a renda familiar permite. “É muito importante que a pessoa perceba se está gastando mais que o seu padrão de vida. Como usar linhas de créditos e não honrar o pagamento. A grande dificuldade é entender que educação financeira não se trata de planilhas e cálculos, mas de costumes e hábitos.”

Mesmo para aqueles que estejam nesta situação não há motivo para desespero. É possível encontrar uma solução. Entre a mais eficaz está a chamada “faxina financeira”, que é a anotação de todos os gastos para saber para onde vai cada centavo. É necessário que isso seja feito durante um mês.

Segundo Calil, é importante que, além das despesas, os débitos também sejam colocados em outra planilha. “Liste as dívidas que tem, quanto deve para quem, prazo e juros. Quando começar a negociação dê preferência por começar pelas mais caras e depois as mais baratas.” Veiga indica o orçamento como principal ferramenta contra o endividamento. “Orçamento é uma palavra chique para uma listagem dos seus gastos mensais e da sua renda. É o ponto de partida para colocar sua vida nos eixos”, ensinou.

Após a análise de onde é possível cortar despesa, o próximo passo é conversar com toda a família e estabelecer a economia nessas contas e também metas para o futuro. Depois vem o replanejamento financeiro, com a negociação e pagamento das dívidas. Feito isso, ação importante é poupar o dinheiro pensando em despesas futuras, como compra de casa, carro ou aposentadoria.

Para aumentar o patrimônio, depois que a situação for resolvida, é necessário continuar economizando. “Viva com 70% da sua renda e guarde 30%. Readeque a sua vida para viver com essa quantia, porque assim você consegue construir um patrimônio muito rápido, entre dez a 15 anos”, declarou Calil.




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