Política Titulo Menos verba
Grana prevê arrecadação 7,72% menor

Estimativa presente no Orçamento é de R$ 1.127 bi; prefeito afirma que deve alcançar R$ 1.040 bi

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
26/07/2013 | 07:00
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Orlando Filho/23.07.2013/DGABC


O governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), estima arrecadação de R$ 1.040 bilhão até dezembro – recursos do tesouro municipal –, valor 7,72% menor do que o previsto. Há críticas sobre a importância superestimada pela gestão Aidan Ravin (PTB), de R$ 1.127 bilhão – Orçamento de 2013 era cotado em R$ 2,4 bilhões, incluindo repasses dos governos estadual e federal.

Com esse montante tabulado, o petista realizou ontem o penúltimo encontro com o secretariado para “elencar as prioridades das prioridades” e cortes nos programas “por existir mais projetos do que dinheiro”.

Grana afirmou que o Paço já empenhou 51% do Orçamento previsto nos seis primeiros meses de governo e pagou 40%, porém, sem mencionar os valores envolvidos. “Estamos executando, fazendo as coisas funcionarem dentro das possibilidades. Nosso cuidado neste momento será em não aumentar o deficit, conseguir passar o ano de 2014 sem elevar o patamar de R$ 130 milhões, mas está muito difícil”, disse o prefeito.

Atualmente, o buraco nas contas atinge a margem de R$ 140 milhões – o rombo financeiro herdado, em janeiro, era da ordem de R$ 117,3 milhões. A rodada final de encontros com a equipe de governo está agendada para segunda-feira, discutindo as propostas da Saúde contempladas nos próximos quatro anos e que farão parte do Plano Plurianual (PPA) Participativo – o relatório será apresentado até dia 10. O Paço realizará quatro audiências públicas, ainda sem data definida, para divulgar a lista aos munícipes.

O secretário de Orçamento e Planejamento, Alberto Alves de Souza, sinalizou que a receita superestimada de Aidan mostra números ilusórios. Uma das primeiras atitudes do prefeito ao assumir a gestão foi congelar 34% do Orçamento. “(No contingenciável) Não entram os valores gastos com pessoal (R$ 602 milhões com folha de pagamento na administração direta) e os 25% da Educação e 15% da Saúde (constitucionais).”

Por conta da limitação econômica e contingenciamento, série de projetos ficará de fora do cronograma. Grana sustentou que há 65 propostas em andamento, classificadas de prioridade zero. Segundo o petista, o planejamento vai estipular a prioridade um, prevista com Orçamento próprio e externo, além de outros dois níveis. Os programas estruturantes (um), segundo ele, não sofrerão cortes.

Entre as ações mantidas está o plano de Mobilidade Urbana. Grana aguarda anúncio positivo da presidente Dilma Rousseff (PT) no setor na semana que vem. “A Dilma vai apresentar as ações do projeto, no qual Santo André vai ser bastante beneficiada (no plano regional, de R$ 7,8 bilhões)”, avaliou o chefe do Executivo. Na área, o governo elegeu também como primordial a construção de 13 corredores de ônibus. Dois espaços exclusivos devem ser executados com recursos próprios.




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