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Presença de Reali na Câmara é difícil
Gustavo Pinchiaro
Do Diário do Grande ABC
26/03/2011 | 07:23
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Depois dos vereadores de Diadema discursarem sobre a ausência de proposta de reajuste do prefeito Mário Reali (PT) ante os 11% reivindicados pelos servidores e todos os 17 assinarem moção de total apoio às paralisações promovidas pelo Sindema (Sindicato dos Servidores Públicos de Diadema) em setores da Prefeitura, a ofensiva por explicações do Executivo será resumida a esforços da autora da moção: Irene dos Santos.

A petista afirmou que vai cobrar o presidente da Câmara, Laércio Soares (PCdoB), para garantir espaço de debate com os vereadores e o prefeito. O líder do governo, Orlando Vitoriano (PT), será solicitado para viabilizar a ida de Reali ao Legislativo. "Não sei se o Mário vai ter agenda, mas vamos cobrar", explicou. Irene também cogita trazer a presidente do Sindema, Jadira Vehara Alves, com quem mantém relações estreitas, para sanar possíveis dúvidas dos parlamentares. "O sindicato sempre deixa o jornal com a pauta de reivindicações nos gabinetes, mas nem todos leem. Se houver dúvida traremos o sindicato", disse.

O tom otimista sobre a explicação do prefeito não é o mesmo para o líder do governo. De acordo com ele, "será muito difícil Reali aparecer" pela causa. "Se a Irene me solicitar, vou procurar o prefeito. Mas com certeza ele encaminhará um secretário, talvez o João Garavelo (Gestão de Pessoas). Primeiro o debate precisa ser feito com esses secretários até chegar no prefeito", justificou Orlando.

As dificuldades financeiras alegadas pela administração são reais e atender a categoria será outro feito difícil. "Os vereadores sabem dessa dificuldade, talvez não dê para reajustar esse ano. A Câmara também não terá muita autonomia nessa negociação, porque não passa pela gente", disse. O Diário indagou o Executivo sobre o fato de 100% do Legislativo ser contrário ao método de negociação tomado e Reali deu outro indicativo de que não se prestará ao papel de explicar as contas ao Legislativo. Oficialmente, o Paço não vai se pronunciar sobre o assunto. Laércio preferiu se abster das discussões.

 

BRAÇOS CRUZADOS

Enquanto a Prefeitura não sinaliza aos trabalhadores, o Sindema segue promovendo paralisações. As UBSs (Unidades Básicas de Saúde) Promissão e Parque Reali sofreram paralisações, a primeira durante a tarde e a segunda pela manhã. Com esses dois atos, a categoria chega ao número de sete suspensões de trabalhos. No dia 6, o sindicato promove assembleia geral para definir se entra em greve geral ou não.




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