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Música cheia de balanço

Carioca Rogê lança 4º disco recheado de suingue; 'Brenguelé',
seu álbum de inéditas, chega com 14 composições e 2 bônus

Vinícius Castelli
Do Diário do Grande ABC
06/07/2012 | 07:00
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Se balanço é a alma do negócio então o cantor, violonista e compositor Rogê acertou em cheio. 'Brenguelé' (Coqueiro Verde, R$ 24,90 em média), seu álbum de inéditas, chega às prateleiras com 14 composições - duas são bônus - cheio de tempero.

Diferentemente dos três discos anteriores - mais ecléticos -, o novo trabalho do músico é mais "segmentado", como Rogê mesmo diz. "Os outros tinham samba, maracatu, tudo dentro de um disco", conta.

Com produção assinada por outro músico, Kassin - que toca em uma das faixas -, 'Brenguelé' conta com participações para lá de especiais. O amigo Seu Jorge compôs ao lado do anfitrião a composição 'Presença Forte', responsável por abrir a obra.

Nome conhecido no samba, Arlindo Cruz também está entre os ilustres presentes. Ele assina e participa na música 'Na Veia' e ainda dá as caras na faixa homônima e no bônus 'Mais Um Mais Uma'. Grata surpresa é a deliciosa presença da voz do veterano Wilson das Neves na elegante   'Depurando Ideias' - arranjada pelo piano de Lincoln Olivetti -, um dos destaques. "É maravilhoso ter esse pessoal comigo. Os caras sabem muita coisa. É prazeroso demais, é igual jogar com craques de futebol. Você vai aprendendo", conta o compositor carioca. Para Rogê, essa mistura de gerações é muito importante. "Procuro ouvir o que eles têm a dizer. Os caras já fizeram tudo, é só aprender."

Orgânico e gravado de forma analógica, o disco foi registrado em em apenas quatro dias. Segundo Rogê, a maioria das coisas foram gravadas ao vivo, no estúdio. "A gente aprende a fazer disco. Esse é o melhor processo. Foi gravado sem clique, teve respiração, foi como se fosse um baile, cantando e tocando ao mesmo tempo."

De acordo com Rogê, teve álbum que levou quase um ano para ser registrado. Ele conta que o que dá trabalho é não saber o que quer na hora de gravar. "Tem de entrar no estúdio para não perder tempo, tem de estar tudo agulhado", afirma.

"Tem muita coisa de Jorge Ben, João Donato e africana nesse disco. Nossa música é uma mistura, um caldeirão de influências."




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