As obras viárias são as estrelas dos investimentos no setor em 2006 na maioria das cidades do Grande ABC, englobando verbas municipais e financiamentos. São Caetano tem projetos ousados que vão custar R$ 90 milhões, mais de um quinto do Orçamento: construção de um túnel ligando as avenidas Tijucussu e Fernando Simonsen, modernização da avenida Goiás e a revitalização do Centro, com projeto do escritório do urbanista Jaime Lerner.

Em Mauá, a vedete será o Viaduto Capuava, orçado em R$ 15 milhões na sua primeira fase, mas que será custeado pelo Estado. A remodelação do sistema viário de São Bernardo, com financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), custará cerca de R$ 561 milhões, sendo que R$ 318 milhões virão dos cofres do município.

Diadema também reservou a maior parcela do Orçamento de Obras para o projeto Via Fácil, que inclui duas intervenções para melhorar o trânsito no Centro, orçadas em R$ 18 milhões. Em Rio Grande da Serra, R$ 2,5 milhões estão destinados à revitalização da região central.

Sem grandes projetos, Ribeirão Pires vai investir em infra-estrutura básica, ou seja, a pavimentação do município. O Orçamento prevê R$ 13 milhões para tentar pôr fim à grande quantidade de ruas de terra, uma das principais reclamações dos moradores, segundo Aurélio Francisco Lelo Carpineli, secretário de Obras e Serviços Municipais.

Urbanização – Em Santo André, R$ 142 milhões foram destinados à Secretaria de Obras. Segundo Sérgio Vital, secretário-adjunto de Orçamento e Planejamento Participativo, foi dada ênfase aos projetos de urbanização de favelas. "Não há grandes obras, mas um grande investimento na melhoria da qualidade de vida na cidade", disse.

Estão previstas para o ano que vem a continuidade das obras de urbanização dos núcleos Capuava e Gamboa, a conclusão dos trabalho no Gonzalo Zarco e há expectativa de liberação de verba do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) para início do desfavelamento nos núcleos Espírito Santo e Jardim Cristiane.

Para os moradores de Capuava e Gamboa, a promessa é entregar 380 unidades habitacionais no Conjunto Alzira Franco II em 2006. A remoção total exige construção de 900 moradias. A conclusão da urbanização do núcleo Gonzalo Zarco será possível com a entrega de 56 moradias, totalizando as 120 previstas no projeto.

Enquanto aguarda a verba do BNDES, a Prefeitura deve investir sua contrapartida na urbanização do núcleo Espírito Santo, com expectativa de atender a cerca de 480 famílias (60% do total). No Jardim Cristiane, a verba municipal será aplicada na remoção de 40 famílias para apartamentos.