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Crescimento do setor de construção civil
Do Diário do Grande ABC
24/05/2021 | 07:00
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O financiamento imobiliário com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos – sem incluir o financiamento com o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) – registrou recorde, com valor superior a 81 mil unidades financiadas em março deste ano. Quantidade excepcional, considerando que a média mensal de 2020 foi de 35 mil, tendo atingido, em dezembro, pico de 55 mil. Este volume de financiamento foi beneficiado pelas baixas taxas de juros nas operações de crédito ao setor. Conjunto de indicadores vem mostrando o bom desempenho deste segmento.

A evolução do emprego formal na construção civil, com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), foi de 106 mil no fim de 2020. Já superou 113 mil em março deste ano, mantendo boas perspectivas para todo primeiro semestre. Este é um dos setores que mais empregam no País. Emprega mais do que agronegócio, que mantém a perspectiva de boa performance para este ano. Residências em oferta pela indústria da construção civil estão em declínio. Continua em alta produção de aço laminado, indicando vigor desta indústria. O setor participa com 6% do PIB (Produto Interno Bruto), podendo atingir participação superior a esta taxa neste ano. Em abril, utilizando os dados da FGV (Fundação Getulio Vargas), foi registrada forte e importante reversão nos índices de confiança e de expectativas dos empresários que estavam apresentando valores negativos.

A demanda por produtos do setor continua forte. Os preços dos produtos utilizados pelo segmento continuam em alta. O custo dos insumos, mostrados pelo INCC/FGV, mantém-se elevado. O consumo de cimento continua intenso e o seu preço segue ainda em processo de elevação. O CUB (Custo Unitário Básico), que determina o custo global da obra, obtido por meio de pesquisa junto aos compradores, que no caso são as construtoras, avança também em alta.

Entretanto, o sucesso deste setor, fazendo que sejam superadas dificuldades como a da elevação no preço dos insumos, deve-se às baixas taxas de juros de contratos de financiamento. Estas taxas mantêm atraente essas linhas de crédito. É importante que autoridades monetárias observem este processo, e que mantenham acompanhamento sobre a dinâmica da taxa de juros que é utilizada como referência ao setor. Estar atento ao desempenho deste setor é relevante para não diminuir o atual desempenho da indústria da construção civil, segmento fundamental para a geração de empregos e para o crescimento do País. O segundo semestre deste ano poderá ser crucial para determinar a realidade desta indústria pelos próximos anos.

Agostinho Celso Pascalicchio é doutor em ciências; mestre em teoria econômica, bacharel em ciências econômicas e professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie nas áreas de economia, economia da energia e engenharia econômica/finanças.

PALAVRA DO LEITOR
Sem discussão
Fui citado nominalmente por um viúvo de Lula, leitor deste Diário (Insistência, dia 17). Entre várias coisas, alegou que sou ou fui eleitor frustrado de Lula. No caso vou seguir o conselho de Mark Twin (escritor e humorista norte-americano crítico do racismo) e ignorá-lo para não transformar esta interessante coluna em discussão de comadre citando nomes de missivistas quando quiser criticá-lo. Por oportuno, esclareço que, devido à idade, 81 anos, não sou mais obrigado a votar. Mas se o fosse não votaria em ninguém indicado por Lula, ídolo de seus viúvos.
Donaldo Dagnone
Santo André

Sky
Quero fazer um desagravo à Sky. Saí da Claro-Net em março. Liguei no dia 18 de maio, e fui para a Sky, que só me dá dor de cabeça. Quando chove não se assiste à TV. Liguei para ouvidora dessa empresa e me disseram que eu não posso cancelar porque só tenho dois meses de assinatura. E se cancelasse, teria que pagar multa de R$ 1.800. Aí me deram desconto de seis meses, até novembro. Assim, em vez de pagar R$ 130, vou pagar R$ 70,90. Pelo que sei a fidelidade é inconstitucional e não se pode cobrar. Quem estiver descontente com essa empresa também bote a boca no trombone, aí eles tiram essa fidelidade, que não existe.
Fernando Zucatelli
São Caetano

Contraditório
Justiça determina reinserção de personalidades negras no rol de homenageados na Fundação Palmares (Política, dia 18). Não sei baseado em que o presidente Sérgio Camargo assinou a exclusão de vários ícones da cultura negra, como Gilberto Gil, Zezé Mota, Janeth Arcain, Vanderlei Cordeiro de Lima, dentre outros e em particular nosso Servílio de Oliveira, primeiro pugilista medalhista do Brasil, que recorreu à Justiça pelo direito de tal reinserção. Não sei quem foi pior, se o presidente Sérgio Camargo ou o Servílio, que, segundo declaração ao nosso Diário, se referiu a Sergio Camargo como ‘capitão do mato’. Calma, Servílio! Dois errados não fazem um certo.
Robson Albuquerque da Costa
Santo André

Façanhas
Desdenhou do coronavírus. Rejeitou milhões de doses de vacina. Disse que era ‘gripezinha’, que não era ‘coveiro’ e quem todo mundo vai morrer um dia. Mandou embora os médicos cubanos. Tentou enfiar goela abaixo, literalmente, a cloroquina e ivermectina. Comprou milhões de comprimidos dessa droga, sem eficácia contra a Covid etc. Não acelera a compra de vacinas para imunizar a população. Resultado de tudo isso? Mais de 400 mil mortes. E mais: depósito inexplicável de Queiroz, de R$ 89 mil, na conta da mulher. Rachadinhas. Os R$ 2,5 milhões de gastos nas férias. Compra de mansão de R$ 6 milhões por um dos filhos. Compras milionárias de itens supérfluos – quem não se lembra das milhares de latas de leite condensado? Os 700 quilos de picanha e bebidas alcoólicas para as Forças Armadas. Liberou auxílio emergência de R$ 150. Reajustou o próprio salário – passa a receber R$ 41.544. Será que existe alguém com discernimento, que não seja néscio, que ainda consegue defender o autor das ‘façanhas’ acima?
Célia de Paula
Ribeirão Pires

Reflexo
Os depoimentos de Eduardo Pazuello, que infelizmente um dia foi ministro da Saúde, são só o reflexo deste governo, coberto de mentiras, tentativas de enganar, desordem, desrespeito, molecagem, maldades, irresponsabilidade, enfim. É urgente que se dê basta a tudo que envolve este governo de má índole.
Maria Aparecida Flores
Rio Grande da Serra

Retrocesso?
Parte da população brasileira precisa ser estudada! Se no Brasil o voto ainda fosse de papel, seríamos taxados de País atrasado, que só copia de outras nações e outras barbaridades. Mas como temos a urna eletrônica, supereficaz, sem fraudes, essa parcela pede o retrocesso ao foto impresso, simplesmente porque seu presidente faz esse discurso ridículo (Urna eletrônica, dia 19). Se não copiar de alguém não presta? Se pesquisarem um pouquinho saberão que nunca houve nenhuma confirmação de irregularidades nas urnas eletrônicas, apenas falácias de derrotados. Se prestarem atenção verão que esse discurso já é desculpa para eventual derrota nas urnas na próxima eleição. É inevitável! Ninguém aguenta mais tanta coisa errada em um mandato só como neste. Não concordo em nada com que esse senhor fala e faz.
Maurício Toffanelo
Diadema

Luto
Justa a lembrança deste Diário a um grande empresário da nossa região, que partiu dia 14 (Economia, dia 16). Conheci o senhor Armando Silveira – Armando Veículos ou Armando da Renault, como era conhecido – há alguns anos e gostaria de expressar o meu pesar à família da pessoa que descrevo como muito simpático, carismático e extremamente simples, muito embora acredito possuir outros inúmeros atributos, colecionados durante a construção de seu verdadeiro império automobilístico. E desejo enaltecer um em especial, o de trabalhador. Como prova dessa qualidade, posso testemunhar uma ocasião em que me dirigi à loja da Avenida João Firmino, como cliente, para comprar veículo. Lembro-me bem, um domingo comemorativo do Dia dos Pais, e, para minha surpresa, lá se encontravam trabalhando Armando e os dois filhos Rodrigo e Fernando. Que exemplo! Força para esses dois jovens continuarem com sucesso o trabalho iniciado pelo pai, que os deixou prematuramente.
André Luiz Cesar
Santo André

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