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Na região, 90% das empresas não usam serviço de proteção ao crédito

Por isso a CDL, há nove meses em S.Caetano, tem planos de forte expansão no Grande ABC

Por Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
27/07/2020 | 00:05
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Marcello Casal Jr/Agência Brasil


Há cerca de nove meses, São Caetano sedia a CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) no Grande ABC. A unidade, que coordena as outras filiais instaladas no Grande ABC (São Bernardo, Santo André e Diadema), é uma associação de lojistas que oferece serviços aos seus representantes de classe, como o de proteção ao crédito.

“A vinda a São Caetano se deve ao fato de a cidade ser como um laboratório, apresentando resultados rapidamente, por conta de seu ambiente de negócio, pela característica industrial e seu entorno, além da qualidade das universidades e das empresas tecnológicas instaladas no município”, justifica Alexandre Masio Coelho, presidente da CDL de São Caetano.

A grande aposta na região vem do fato de que 90% das empresas aqui instaladas ainda não usufruírem de serviços de proteção ao crédito, de acordo com Coelho, ou seja, há margem muito grande de companhias que não consultam nenhum tipo de análise antes de realizar uma transação financeira, e isso é um prato cheio para o superendividamento. Coelho afirma que a CDL aposta no crescimento das sete cidades, apesar do cenário econômico prejudicado pela pandemia do novo coronavírus.

“A retomada da economia no Grande ABC é muito significativa, já que possui importante parque industrial, desde micro a empresas grandiosas. Em São Bernardo, por exemplo, temos uma grande gama de prestação de serviços e amplo parque industrial; em Mauá, há o polo petroquímico e importante expansão das classes sociais C, D e E; em Ribeirão Pires, temos o fomento ao turismo, importante ciclo de negócios para o Grande ABC, atraente e crescente, basta ver os festivais, ecoturismo e a economia que movimenta. Diadema garante o aquecimento de suas indústrias e Santo André, além de manter empresas importantes, também avança no setor de serviços, além de aglomerar políticas de empreendedorismo e de novas empresas, o que requer análise de crédito. Enfim, as sete cidades nos mostram importantes experiências econômica e comercial.”

O presidente da entidade explica que no Brasil há cerca de 2.000 unidades da CDL, e que a associação aproxima os interesses da indústria e do varejo. “Esses segmentos precisam analisar o crédito, o bom pagador, o quadro do consumidor e a forma de pagamento, por meio do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito). Trabalhamos com o pequeno varejista, com a indústria, com profissionais liberais, startups e com o setor financeiro, além dos bancos, que também concedem crédito. Nosso objetivo é ajudar os empresários a ter menos problemas com a inadimplência. Nossa plataforma garante isso.”

Coelho conta que qualquer pessoa pode se associar à plataforma. O que difere são os serviços contratados, que podem variar de R$ 30 a R$ 25 mil, dependendo do suporte solicitado pela empresa.

PERFIL

Segundo o presidente da CDL, 40% da população brasileira está negativa, ou seja, endividada. Ele conta que, de acordo com números de abril, houve aumento de 18% da inadimplência em contas de luz e água, por exemplo. “Esse é o reflexo do momento que o País atravessa”, avalia.

Na região, por exemplo, o principal perfil do endividado são mulheres com boletos em haver que não chegam a R$ 3.000. São contas residenciais e de cartão de crédito, o que se agravou no cenário da pandemia do coronavírus. “Só em São Caetano que a realidade é um pouco diferente, já que a taxa de negativado é baixa”, pondera.
Ainda de acordo com ele, a CDL está para servir o empresário diante do birô de serviços como cobrança, análise de crédito e com a expansão dos negócios. “Temos planos de ampliar nossa atuação na região, afinal, a primeira unidade foi instalada há 20 anos em São Bernardo.”
 




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